São Paulo registra primeira morte por coronavírus

Estado foi o primeiro a registrar uma morte dentro do Brasil; informações serão divulgadas na tarde desta terça-feira (17)
Luiz Nogueira17/03/2020 13h49

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Nesta terça-feira (17), a Secretaria de Saúde de São Paulo informou que o estado registrou a primeira morte em decorrência do novo coronavírus. O óbito registrado foi de um homem de 62 anos que possuía hipertensão e diabetes. Essa é a primeiro ocorrência no Brasil.

Os detalhes sobre o paciente serão divulgados em breve, durante uma coletiva que será realizada com os médicos do centro que cuida de medidas para prevenir a disseminação da doença no país.

Na manhã desta terça-feira, entrou em vigor o decreto que declarou situação de emergência na cidade. O prefeito Bruno Covas tomou a medida para tentar minimizar os riscos de uma crise provocada pelo coronavírus.

Até a noite de segunda-feira (16), o Brasil registrava 234 casos confirmados da doença. Além disso, há 2.064 casos suspeitos. Outros 1.624 foram descartados. O estado de São Paulo continua como o que possui mais casos confirmados (152), seguido do Rio de Janeiro com 31 testes positivos e o Distrito Federal com 13 confirmados.

No entanto, esse número pode ser bem maior. De acordo com pesquisas realizadas na China, um grande percentual de infectados pode ser assintomático, ou seja, que não apresentam sintomas do vírus. Mesmo assim, podem infectar outros indivíduos.

Duração do surto

Atualmente, o governo de São Paulo avalia que, em quatro meses, o número de infectados na região metropolitana pode chegar a 45 mil. Além disso, a previsão é de que serão necessários dez mil leitos de UTI para atender os pacientes em estado grave.

Estima-se que a duração do surto no país seja de quatro a cinco meses. Entretanto, as restrições em relação ao fechamento de escolas, cancelamento de eventos e isolamento de pessoas que fazem parte dos grupos de risco, podem não ser aplicadas por todo esse período, o que pode fazer com que a doença volte a circular rapidamente.

De qualquer forma, especialistas recomendam que as pessoas evitem sair de casa – obviamente, quem não tem essa possibilidade deve se proteger da melhor maneira possível. É recomendado  a lavagem constante das mãos e esterilização de superfícies.

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital