Se o novo coronavírus, nomeado oficialmente de COVID-19, for semelhante aos membros da sua família, um novo estudo sugere que ele é capaz de sobreviver em superfícies inanimadas por mais de uma semana. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, “ainda não está claro se uma pessoa pode obter o COVID-19 tocando uma superfície ou objeto que contenha o vírus e, em seguida, tocando sua própria boca, nariz ou possivelmente olhos”.
Não se sabe muito sobre o atual coronavírus, então os pesquisadores estão utilizando parentes semelhantes, como o SARS e MERS, para obter respostas. Revendo a literatura sobre todos os vírus, os pesquisadores descobriram que os patógenos humanos podem persistir nas superfícies à temperatura ambiente por até nove dias. Entre os vírus da família coronavírus, os pesquisadores dizem que, em média, podem sobreviver entre quatro e cinco dias em materiais como alumínio, madeira, papel, plástico e vidro. Alguns coronavírus veterinários podem sobreviver mais de 28 dias.
“A baixa temperatura e a alta umidade do ar aumentam ainda mais a vida útil”, afirmou o médico Günter Kampf, do Hospital Universitário Greifswald. Para reduzir a disseminação dos coronavírus em geral, os autores do novo estudo sugerem que os hospitais desinfetem cuidadosamente as superfícies com várias soluções de hipoclorito de sódio, peróxido de hidrogênio ou etanol. As pesquisas mostram que essas recomendações eram “muito eficazes” contra SARS e a MERS.
“Diferentes coronavírus foram analisados e os resultados foram todos semelhantes”, afirmou o virologista Eike Steinmann. Nenhum dos vírus, no entanto, era o atual COVID-19. A equipe indicou que não possui dados sobre se as mães podem ser contaminadas ao encostar em pacientes ou superfícies infectadas.
Enquanto o MERS não se transfere tão facilmente de pessoa para pessoa quanto outros coronavírus, a SARS se espalha de maneira bastante eficiente sempre que alguém infectado espirra ou tosse. Tocar o muco em uma superfície mesmo após dias da exposição também pode contaminar.
“Nos hospitais, podem ser maçanetas, botões, mesas de cabeceira e outros objetos nas proximidades diretas dos pacientes, que geralmente são de metal ou plástico”, explicou Kampf. Portanto, lavar as mãos com frequência e desinfetar áreas públicas é uma medida importante para se tomar e evitar uma infecção.
Via: Science Alert