Covid-19: vacina pode estar pronta até o fim do ano, diz chefe da OMS

Tedros Adhanom cobrou esforços para o programa Covax, cujo objetivo é garantir a distribuição igualitária do imunizante, e afirmou que a pandemia trouxe lições à organização
Davi Medeiros07/10/2020 11h47, atualizada em 07/10/2020 11h57

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Uma vacina contra a Covid-19 pode estar pronta até o fim do ano, conforme disse na terça-feira (6) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. A declaração foi feita nos instantes finais de um encontro do Conselho Executivo da entidade, durante o qual autoridades se reuniram para avaliar a resposta global à pandemia.

“Vamos precisar de vacinas e há esperança de que até o fim deste ano possamos ter uma”, afirmou Adhanom.

Mais uma vez, o diretor-geral destacou a urgência de financiamento para o Covax, aliança internacional liderada pela OMS que visa à distribuição igualitária de 2 bilhões de doses de um imunizante até o fim de 2021, bem como 245 milhões de tratamentos e 500 milhões de exames ao redor do mundo.

Atualmente, nove candidatas a vacina são consideradas promissoras pela entidade para integrar o programa.

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Laboratórios ao redor do mundo têm nove candidatas promissoras à vacina. Imagem: Angellodeco/Shutterstock

No fim de setembro, o diplomata António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), à qual a OMS é subordinada, alertou que o plano que engloba o Covax precisa de injeção imediata de US$ 15 bilhões, e lembrou aos países que esforços individuais, em vez de coletivos, “não serão suficientes para destrancar as portas da economia global e restaurar os meios de subsistência”.

Transformação constante na OMS

Em contrapartida, alguns países também expuseram reivindicações à OMS. Alemanha, Grã-Bretanha e Austrália cobraram reformas que fortaleçam a agência, e os Estados Unidos aproveitaram a oportunidade para enfatizar sua reprovação à China.

Segundo representantes do governo de Donald Trump, a OMS deveria punir Pequim com mais firmeza por sua atuação no fim de 2019, quando foram relatados os primeiros casos da doença em Wuhan. À época, o governo chinês demorou para tomar medidas que contivessem a propagação do vírus.

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Primeiros casos da doença foram reportados em Wuhan, na China. Imagem: iStock

Em resposta, Adhanom rejeitou a ideia e afirmou que a agência fez seu papel ao “manter o mundo informado”. De qualquer forma, ele garantiu que a “transformação constante” é um pilar de sua gestão, que começou em 2017.

“Esperamos obter lições reais que possamos implementar e evitar que a mesma coisa se repita no futuro”, disse ele. “Mas gostaria de assegurar que a OMS está pronta para aprender com isso e mudar esta organização”.

Via: Reuters

Colaboração para o Olhar Digital

Davi Medeiros é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital