Com a 98ª morte relacionada à Covid-19 confirmada em São Paulo, o estado registra agora uma média de 7,5 vítimas fatais por dia por conta do novo coronavírus. Esse número é quase seis vezes maior do que as mortes diárias na China, epicentro da pandemia, nos primeiros dias do surto.

O primeiro óbito em São Paulo (e primeiro também no Brasil) foi registrado no dia 17 de março – um homem de 62 anos que estava internado no Hospital Sancta Maggiore. Desde então já se passaram 12 dias. A primeira morte na China, um homem de 61 anos, foi registrada em Wuhan o dia 9 de janeiro. Nos 12 dias seguintes, o país asiático acumulou 17 mortes (uma média de 1,3 óbitos por dia): 81 a menos se comparado com São Paulo.

Essa diferença foi observada em um balanço feito pela Secretaria da Saúde do estado, de acordo com a colunista Mônica Bergamo. “Nesse período de treze dias, o país [China] também saltou de 41 para 571 casos confirmados”, diz o balanço. São Paulo já possui confirmados mais de 1,4 mil casos, quase três vezes mais.

Foi a partir do dia 23 de janeiro que o governo chinês decretou o fechamento total (lockdown) em Wuhan e outras cidades da província de Hibei, o que afetou aproximadamente 57 milhões de pessoas. Mesmo assim, a China viu suas mortes por causa da Covid-19 crescerem exponencialmente por um mês, com um último pico no final de fevereiro, quando os óbitos registrados começaram a cair.

O Brasil, porém, ainda não atingiu o pico da sua curva de contaminação. No último sábado (28), São Paulo registrou o maior número de óbitos por coronavírus em apenas um dia, com 16 novas mortes – um crescimento de 23,5% em 24h, conforme balanço da Secretaria de Estado da Saúde. Neste domingo, foram 14 novos óbitos, todos da rede particular, 13 deles na capital.

Via: O Estado de S. Paulo