Diversos países adotaram medidas para coletar dados que ajudam a criar mapas para entender a disseminação do novo coronavírus. A Alemanha, por exemplo, lançou um aplicativo para smartwatch que monitora a propagação da doença.
Criado pelo Instituto Robert Kohc (RKI), o app é chamado Corona Datesnspende (algo como Doação de dados Corona em tradução literal) e permite que usuários com dispositivos Apple Watch ou pulseiras inteligentes compartilhem dados sobre os sintomas da doença. A coleta de informações vai servir para rastrear a propagação do vírus no país.
O programa é gratuito e registra informações como código postal de uma pessoa, idade e peso. Além disso, ele é capaz de coletar alterações nas atividades diárias, hábitos de sono, frequência cardíaca e temperatura corporal. De acordo com Lothar Wieler, chefe do RKI, essas métricas são utilizadas para ajudar a rastrear doenças respiratórias agudas.
Todas as informações vão compor um mapa online, que estará disponível para que residentes da Alemanha possam consultar as taxas de infecção por local. A estimativa do RKI é que 100 mil pessoas se cadastrem no aplicativo e forneçam suas informações.
De acordo com o número mundial de casos confirmados, a Alemanha é o quinto país com mais pessoas infectadas, atrás apenas dos Estados Unidos, Espanha, Itália e França. No entanto, apesar de casos com teste positivo passarem de 100 mil, os óbitos registrados são pouco mais de dois mil.
Iniciativa semelhante
O Brasil possui uma ideia semelhante – mas que difere em execução. Enquanto a Alemanha vai rastrear apenas quem possua um smartwatch e concorde em enviar os dados, por aqui, as operadoras vão auxiliar na coleta das informações.
Em uma iniciativa recente, com ajuda das principais operadoras do país, o Governo Federal vai coletar informações do deslocamento dos usuários. A ideia é criar mapas de calor para identificar quais os locais podem ser possíveis focos de propagação da doença.
A ideia despertou o questionamento dos defensores da privacidade digital. Para se justificar, o governo declarou que todas as informações são anônimas, sem identificar os usuários individualmente.
Via: Cult of Mac