Funcionário de armazém da Amazon morre de Covid-19 nos EUA

Trabalhadores de diversos centros de distribuição da empresa têm reclamado da falta de segurança e das condições de trabalho em meio à pandemia do novo coronavírus
Renato Mota05/05/2020 20h45

20200319010901

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um funcionário que trabalhava no centro de distribuição da Amazon em Nova York morreu vítima da Covid-19. A instalação, chamada de “JFK8”, chegou a ser paralisada por vários trabalhadores que, em protesto, pediam melhores condições de segurança contra a pandemia do novo coronavírus.

De acordo o site The Verge, pelo menos 29 funcionários ficaram doentes. A morte do colaborador foi confirmada pela própria Amazon: “estamos profundamente tristes com a perda de um associado em nossa fábrica em Staten Island, Nova York”, disse um porta-voz da empresa. “Sua família e entes queridos estão em nossos pensamentos e estamos apoiando seus colegas”.

Medidas de distanciamento social foram tomadas depois dos protestos, incluindo uma triagem dos trabalhadores que estavam com febre. Mas os trabalhadores dizem que as precauções de segurança ainda são insuficientes e que seus empregos geralmente exigem que eles estejam próximos. O organizador da paralisação do JFK8, Christian Smalls, foi demitido.

Em sua divulgação trimestral de lucros na semana passada, a empresa disse que planejava gastar US$ 4 bilhões – o equivalente ao seu lucro operacional esperado – em medidas de combate a Covid-19. A Amazon não divulgou estatísticas de quantas instalações tiveram casos confirmados, mas estimativas calculadas pelos próprios funcionários colocam esse número em mais de 130.

Até agora, a Amazon fechou apenas uma instalação nos EUA, um centro de processamento de devoluções em Kentucky – e somente após uma ordem do governador do estado. Na França, os armazéns da empresa estão fechados desde 16 de abril, depois que um tribunal francês decidiu que as entregas devem ser limitadas a necessidades básicas, como mantimentos e suprimentos médicos.

Por outro lado, a empresa viu sua demanda crescer durante a pandemia. De acordo com o The Verge, a empresa contratou mais de 175 mil trabalhadores nas últimas semanas.

Via: The Verge

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital