Covid-19: vacina britânica deve imunizar por um ano

Desenvolvida na Universidade de Oxford, vacina já se encontra em fase de testes em humanos
Vinicius Szafran16/06/2020 21h56, atualizada em 16/06/2020 22h37

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Uma das potenciais vacina contra o novo coronavírus provavelmente oferecerá proteção contra o vírus por cerca de um ano. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Oxford, ela já vem sendo testada em humanos.

A vacina será fabricada pela farmacêutica britânica AstraZeneca. A empresa já iniciou os testes em humanos da vacina desenvolvida na Universidade de Oxford. Um estudo de fase 1 no Reino Unido está prestes a ser concluído, e outro estudo, esse na fase 3, já foi iniciado, como contou o presidente da empresa, Pascal Soriot, a uma rádio belga.

Neste sábado (13), a AstraZeneca informou que assinou contratos com Itália, França, Alemanha e Holanda para fornecer até 400 milhões de doses da potencial vacina à União Europeia. Os países investirão mais de 750 milhões de euros (mais de R$ 4 bilhões) como parte de um acordo europeu para garantir o fornecimento da vacina. Estados Unidos e Reino Unido também fecharam acordos com a empresa.

“Se tudo correr bem, teremos os resultados dos ensaios clínicos em agosto/setembro”, afirmou Soriot. “Estaremos prontos para entregar a partir de outubro, se tudo correr bem”.

Reprodução

Vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford deve imunizar por um ano. Imagem: Reprodução

Alemanha comprará participação em empresa desenvolvedora de vacina

O ministro da economia da Alemanha, Peter Altmaier, revelou que o país comprará uma participação da empresa alemã de biotecnologia CureVac, que também produz uma vacina contra a Covid-19.

O governo alemão vai adquirir 23% da companhia pelo valor de 300 milhões de euros, de acordo com Altmaier. A decisão do governo veio após os EUA tentarem comprar a empresa ou seus ativos em março. Isso provocou a reação dos alemães, que querem manter a CureVac no país.

Altmaier afirmou que o governo quer fortalecer os setores de ciência e biotecnologia no país, e esclareceu que a estratégia de negócios da CureVac não sofrerá interferência governamental. “O governo federal alemão decidiu investir nessa empresa promissora porque espera que isso acelere os programas de desenvolvimento e forneça os meios para a CureVac aproveitar todo o potencial de sua tecnologia”, explicou o ministro, acrescentando que não será necessária uma aprovação da UE para a transação.

“Com esse investimento, podemos dar segurança financeira à CureVac para que ela possa continuar trabalhando na produção de vacinas com todo o compromisso”, comentou Altmaier em entrevista coletiva.

Segundo uma fonte do governo, a medida revela as preocupações da Alemanha de depender demais de fornecedores do exterior para equipamentos e produtos de saúde.

Via: Reuters

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital