Na terça-feira (2), Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid) e membro da frente de combate ao coronavírus da Casa Branca, anunciou que, até o início de 2021, os Estados Unidos devem ter 100 milhões de doses prontas de uma vacina contra a doença.
A vacina citada por Fauci foi a primeira candidata registrada, criada pela empresa de biotecnologia Moderna em parceria com o Niaid. Em breve, o projeto deve entrar no que a indústria chama de Fase III, período final de testes em que voluntários recebem doses da imunização.
A expectativa é de que o período tenha início no meio do verão americano. “O objetivo real de tudo isso será a Fase III, que começa na primeira semana de julho, espero”, declarou Fauci durante uma sessão ao vivo de perguntas e respostas no Journal of the American Medical Association.
Vacina criada pela empresa Moderna deve ter 100 milhões de doses fabricadas até 2021. Foto: Reuters
Aplicação
A ideia é que a Fase III envolva 30 mil pessoas, com idades entre 18 e 55 anos, bem como idosos e indivíduos com doenças pré-existentes. “Será todo o espectro”, disso Fauci. Ainda segundo ele, a segunda rodada de testes foi iniciada há alguns dias com algumas centenas de envolvidos.
A ideia geral é começar a fabricação das doses mesmo antes de ficar claro se a vacina é de fato eficaz. Esse é um plano arriscado, mas que tem como objetivo ter um estoque pronto para uma implantação rápida na população.
Com previsão de confecção para 100 milhões de doses entre novembro e dezembro, as vacinas devem ficar armazenadas até que os laboratórios envolvidos tenham dados suficientes para confirmar os benefícios da criação.
Falando sobre vacinas testadas por outras empresas, Fauci se mostrou “cautelosamente otimista”. “Com vários candidatos que temos em plataformas diferentes, teremos uma vacina que se tornará implantável”, finaliza.
Via: CNN