Estados Unidos é primeiro país a superar 100 mil mortes por Covid-19

País também acumula mais de 1,7 milhão de casos até o momento, enquanto o vírus se espalha pelo interior de seu território
Renato Santino28/05/2020 01h18, atualizada em 28/05/2020 01h20

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Os Estados Unidos superaram nesta quarta-feira (27) mais uma marca triste relacionada à Covid-19. O país se tornou o primeiro no mundo a anunciar mais de 100 mil mortes por infecções do novo coronavírus Sars-Cov-2.

O país é, com folga, o mais afetado neste momento. Já foram diagnosticados mais de 1,7 milhão de casos até o momento, o que é mais do que quatro vezes mais do que o segundo com mais casos confirmados até o momento. O Brasil anunciou a marca de 400 mil casos de contágio nesta quarta-feira.

A crise mais aguda enfrentada no país era concentrada no estado de Nova York, no nordeste dos Estados Unidos. Agora, a região começou a controlar o vírus, mas os números ainda têm crescido de forma estável, como resultado da expansão para estados na região central do território.

Os EUA já foram considerados o epicentro da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após esse título passar pelas mãos de China e Europa. No entanto, agora a agência declarou a América do Sul, em especial pelo crescimento do vírus no Brasil, como o novo epicentro da Covid-19.

Proporcionalmente, no entanto, os números dos Estados Unidos ainda estão abaixo do que se vê no continente europeu, onde estão os maiores índices de morte per capita. Os EUA têm 309 mortos por milhão de habitantes, contra 580 de Espanha, 552 do Reino Unido, 547 da Itália, 438 da França e 418 da Suécia. O Brasil, para referência, tem 121.

No início de abril, Donald Trump anunciou que o país previa até 240 mil mortes por Covid-19, com base em modelos matemáticos. A estimativa, no entanto, referia-se a um cenário positivo, por mais estranho que possa parecer, incluindo medidas de isolamento social e lockdown; no pior dos casos, sem qualquer adoção de medidas de contenção e deixando o vírus circular para alcançar a “imunidade de rebanho”, as estimativas apontavam para até 2,2 milhões de mortos.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital