Coronavírus: Espanha quer usar robôs para fazer 80 mil testes por dia

As máquinas seriam capazes de quadruplicar a quantidade de testes feitos diariamente, sem expor os profissionais de saúde ao vírus
Vinicius Szafran23/03/2020 20h12, atualizada em 23/03/2020 21h03

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A Espanha planeja automatizar os testes de coronavírus no país. Para isso, os europeus preparam uma frota de robôs. Usando a tecnologia, o país aumentaria muito a quantidade de testes rápidos feitos por dia, além de preservar a saúde dos profissionais de saúde, que acabam sendo expostos ao vírus e correm maiores riscos de adoecerem.

O teste rápido é essencial para reduzir a propagação da Covid-19, mas também é perigoso para quem aplica. Os testadores arriscam suas vidas ao se exporem ao novo coronavírus, examinando centenas de pessoas por dia, uma atitude nobre que pode sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde, que já sofre com as consequências da pandemia.

Cerca de 12% dos 35 mil diagnosticados com Covid-19 na Espanha são profissionais de saúde, evidenciando o grande risco ao qual esses profissionais são expostos diariamente. A frota de robôs ajudaria em duas frentes: reduzindo o risco de exposição e quadruplicando a quantidade de testes feitos atualmente no país. De acordo com a Bloomberg, a Espanha realiza hoje de 15 a 20 mil testes rápidos por dia, número que poderia chegar a 80 mil com o uso de robôs.

Reprodução

“Um plano para automatizar testes através de robôs já foi projetado, e a Espanha se comprometeu a comprar quatro robôs que nos permitirão executar 80 mil testes por dia”, afirma Raquel Yotti, chefe do Instituto de Saúde Carlos III, em Madrid. O governo espanhol ainda não forneceu detalhes sobre o funcionamento dos robôs. Eles se juntarão a uma vasta gama de máquinas que enfrentam a pandemia quando forem implantados.

A Espanha não é o único país a apostar nas máquinas para combater o coronavírus. Os chefes de saúde da Irlanda do Norte também estão desenvolvendo um sistema de teste robótico. Já nos Estados Unidos, um robô equipado com estetoscópio recebe os sinais vitais de um paciente diagnosticado com o vírus. A China, por sua vez, abriu um hospital em Wuhan, no começo deste mês, com robôs que entregam refeições, tiram a temperatura dos pacientes e desinfetam as instalações.

Por mais que cresça o medo de os robôs substituírem os trabalhadores humanos, essa é uma função que as pessoas estão dispostas a ceder para as máquinas.

Via: The Next Web

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital