O governo chinês pediu ajuda a duas gigantes da tecnologia, a Alibaba e a Tencent, para desenvolver um sistema capaz de identificar os cidadãos tem maior risco de contrair o coronavírus COVID-19. O vírus já infectou mais de 70 mil pessoas e causou 1.875 fatalidades em todo o mundo, a vasta maioria delas, na China.

O sistema criado pela Alibaba é integrado ao AliPay, serviço de “carteira digital” que é uma das formas de pagamento mais populares no país. Os usuários preenchem um formulário com o número de sua carteira de identidade e respondem a um questionário, informando se saíram da cidade recentemente, se tiveram contato com algum doente e se tem algum dos sintomas associados ao vírus, como febre ou tosse forte.

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Em seguida, recebem um QR Code pessoal associado a uma cor. Cidadãos com o código vermelho são instruídos a ficar em casa, de quarentena, por 14 dias. Os que tem o código amarelo devem ficar em casa por 7 dias, e os com código verde não tem restrição de circulação. Neste domingo (16) a Alibaba anunciou que o sistema, inicialmente disponível em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, será implantado ao nível nacional.

A tecnologia foi projetada para ser usada no controle de viagens em estações de trem, aeroportos e rodovias, mas segundo a agência de notícias Reuters também está sendo usado para controlar a entrada de moradores em prédios e de clientes em supermercados.

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A Tencent, desenvolvedora do WeChat, um dos apps mais populares na China, anunciou um sistema similar ao da Alibaba, que também usa QR Codes. Ele está sendo testado em Shenzen, onde estão concentradas a maioria das indústrias de tecnologia da China, e em breve será usado em toda a província de Guangdong.

Fonte: Reuters