Nesta terça-feira (4), uma explosão de proporções gigantescas abalou a cidade de Beirute, capital do Líbano, deixando centenas de mortos, milhares de feridos e destruindo tudo em seu caminho. Imagens de satélite mostraram o antes e depois da explosão, e as fotos são impressionantes.

Uma sonda SkySat, operada pela empresa Planet San Francisco, capturou imagens detalhadas do porto de Beirute antes e depois da explosão, que matou ao menos 157 pessoas e deixou cerca de cinco mil feridos.

A Planet San Francisco publicou nesta quarta-feira (5) em seu Twitter as fotos comparativas. Outra empresa de tecnologia espacial, a Maxar, com sede no Colorado, também compartilhou as imagens capturadas em seus satélites.

Pelas imagens é possível perceber inúmeros edifícios destruídos pela onda de choque e um pedaço semicircular da infraestrutura portuária que simplesmente desapareceu, quase como se um monstro marinho surgisse da água e desse uma enorme mordida no porto.

A explosão aconteceu depois de um grande incêndio atingir um galpão que armazenava 2.750 toneladas de nitrato de amônio – possivelmente de forma precária -, um composto comumente utilizado na fabricação de fertilizantes, segundo as autoridades libanesas. De acordo com a BBC, o nitrato de amônio estaria armazenado nesse mesmo local desde 2013, quando foi retirado de um navio apreendido.

As autoridades do Líbano seguem investigando as causas do trágico acidente, enquanto os profissionais de saúde seguem buscando por vítimas nos escombros.

As fotos abaixo, divulgadas pela Maxar, mostram como os satélites particulares de observação da Terra podem monitorar os acontecimentos em solo com muita precisão.

Outros registros

A frota de satélites da Planet, que chega a centenas, já identificou rupturas na crosta causadas por terremotos, avistou as consequências de um lançamento fracassado de um foguete iraniano e registrou os danos causados em instalações militares iraquianas após um ataque de mísseis iranianos.

Já os satélites WorldView da Maxar ajudaram a humanidade a avaliar os impactos da pandemia do novo coronavírus em escala global.

Via: Space