Astrônomos do Dark Energy Survey identificaram quase 21 mil novas galáxias com baixo brilho da superfície (low-surface-brightness galaxies, ou LSBG), invisíveis no céu noturno terrestre. As observações foram relatadas em um artigo que ainda aguarda a revisão por pares.

O Dark Energy Survey usa infravermelho para encontrar padrões de estrutura cósmica que ajudem a revelar a natureza da energia escura que está acelerando a expansão do universo. O projeto acabou em 2019, mas seus cinco anos e meio de dados coletados também estão auxiliando em outras pesquisas.

Galáxias com baixo brilho da superfície representam cerca de 15% da massa dinâmica do universo, apesar de contribuírem com uma porcentagem muito baixa do brilho e da densidade estelar do cosmo. A cobertura ampla do Dark Energy Survey permite que astrônomos descubram uma vasta quantidade de galáxias não detectadas por outros métodos.

“Apresentamos um catálogo de 20.977 galáxias de baixo brilho superficial, identificadas nos primeiros três anos de dados de imagens do Dark Energy Survey”, escreveram os astrônomos no artigo. Galáxias são convencionalmente divididas com base em sua cor óptica, por isso as novas descobertas foram separadas nas duas categorias: 7.148 são galáxias vermelhas e 13.829 azuis.

Os autores do artigo ainda destacam que seu catálogo pode ser útil no teste de modelos de formação de galáxias, incluindo estudos das propriedades dos LSBGs em diferentes ambientes. Essas 21 mil novas galáxias também podem ser usadas para se que os próximos detectores de galáxias sejam melhor preparados – mais objetos serão descobertos na medida em que os pesquisadores revisarem todos os seis anos de dados do Dark Energy Survey.

Via: Phys.org