Em setembro de 2006, uma estrela na distante constelação de Perseu explodiu. Quando o fenômeno ocorreu, ele era 50 bilhões de vezes mais brilhante que o Sol. Durante 70 dias, o brilho aumentou até ficar dez vezes mais luminoso que sua própria galáxia.
O que intrigou os cientistas é que a explosão, chamada SN 2006gy, era centenas de vezes mais poderosa que uma supernova comum. Era tão brilhante que foi chamada de “hipernova”, se tornando o evento luminoso mais forte já detectado. Mais de uma década depois, os estudiosos acreditam ter encontrado uma explicação para o fenômeno.
Os cientistas analisaram novamente as linhas de emissão que irradiaram da explosão cerca de um ano após seu período de pico. A equipe encontrou muito ferro nas emissões, o que, segundo eles, só poderia acontecer caso houvesse a interação da supernova com uma camada preexistente de material estelar que foi ejetado centenas de anos antes da explosão.
Quanto à origem do material, os pesquisadores apontam para um fenômeno que começou não com uma, mas duas estrelas. A equipe diz que um cenário possível prevê um sistema de progenitor binário, em que uma anã branca se transforma em uma estrela companheira gigante ou supergigante. Isso faz com que esse tipo de colisão seja extremamente raro.
Os cientistas dizem que, quando explosões desse tipo acontecem, elas espirram a área com um envelope gasoso de material estelar, à medida que os dois núcleos se fundem lentamente. Se a fusão ocorresse de 10 a 200 anos antes de a supernova ser detectada, as estrelas poderiam ter liberado um envelope gasoso permanente. Quando o fenômeno se tornou uma supernova, o envelope gasoso poderia ampliar o brilho aos níveis vistos na explosão.
Via: SlashGear