A SpaceX recebeu um contrato do Departamento de Defesa (DoD, Department of Defense) dos EUA para a construção de satélites que serão usados em um sistema de defesa para alertar sobre o lançamento e rastrear o curso de mísseis hipersônicos. O contrato, avaliado em US$ 149 milhões, prevê o desenvolvimento e construção de oito satélites em parceria com a L3 Harris na Flórida, que por sua vez recebeu US$ 193 milhões.
Os oito satélites serão a base de uma constelação que a Agência de Desenvolvimento Espacial (SDA, Space Development Agency) chama de “Tracking Layer Tranche 0” (Seção 0 da Camada de Rastreamento), que usará sensores infravermelhos para detectar mísseis.
Ela irá trabalhar em conjunto com outra “camada” de 300 a 500 satélites chamada Transport Layer (Camada de Transporte), que irá fornecer “dados e conectividade militar com baixa latência em todo mundo”. Os primeiro satélites dessa camada serão construídos pela Lockeed Martin e York Space Systems.
Foguete Falcon 9 na plataforma de lançamento. Foto: SpaceX
Os satélites serão baseados no design dos que já são usados na constelação Starlink, para desespero dos astrônomos. Até o final de 2022 a SDA quer lançar estes oito satélites iniciais, bem como 20 satélites da camada de transporte e dois satélites adicionais de rastreamento que estão sendo desenvolvidos pela Agência de Defesa de Mísseis.
Recentemente a SpaceX recebeu do Departamento de Defesa dos EUA US$ 316 milhões para lançar uma missão designada USSF-67 no final de 2022. Trata-se de uma missão de “segurança nacional” cuja carga é mantida sob sigilo.
Serão usados os foguetes Falcon 9, da SpaceX, e Vulcan Centaur, da ULA, este último ainda em desenvolvimento. Os contratos são parte de uma iniciativa do DoD para eliminar a dependência do propulsor russo RD-180, usado no foguete Atlas V da ULA, em lançamentos relacionados à segurança do país.
Fonte: The Verge