Por si só a missão Soyuz MS-17, que decolou do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, às 2h45 (horário de Brasília) desta quarta-feira (14) com os astronautas Kate Rubins (EUA), Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov (Rússia), é histórica: esta é a última vez que astronautas norte-americanos usarão um foguete russo para ir à Estação Espacial Internacional (ISS).

Os EUA vinham comprando “assentos” nos foguetes russos desde 2011, quando o último dos ônibus espaciais, o Atlantis, foi aposentado. Mas com o sucesso da missão Demo-2 da SpaceX o país recuperou a capacidade de lançamento de missões tripuladas ao espaço, usando o foguete Falcon 9 e a cápsula Crew Dragon.

Mas há outro feito digno de nota na MS-17: ela foi a primeira missão a testar um novo plano de voo, que permite que a cápsula se acople à ISS em apenas duas órbitas e três horas de viagem, contra as seis horas da antiga “rota expressa”, ou os dois dias da abordagem mais conservadora.

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Soyuz MS-17 se aproximando da Estação Espacial Internacional (ISS). Foto: Roscosmos

A Soyuz MS-17 se acoplou à ISS às 5h48 (horário de Brasília), três horas e três minutos após o lançamento. Duas horas depois, após procedimentos de checagem de pressurização da cápsula para garantir que não haja vazamento de ar para o espaço, os astronautas se juntaram a Chris Cassidy (EUA), Anatoli Ivanishin e Ivan Vagner (Rússia) a bordo da estação.

A próxima missão tripulada à ISS será a Crew-1, já usando um foguete Falcon 9 e a cápsula Crew Dragon da SpaceX. À bordo estarão os astronautas Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker (EUA), além do astronauta japonês Soichi Noguchi. O lançamento está programado para 31 de outubro.

Fonte: Spaceflight Now