Nasa paga mais de R$ 500 milhões por um assento numa cápsula Soyuz

Esta deve ser a última vez que um astronauta dos EUA precisará "pegar carona" em uma cápsula russa
Rafael Rigues13/05/2020 18h39

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As agências espaciais norte-americana (Nasa) e russa (Roscosmos) anunciaram um acordo que dará à Nasa um assento em uma cápsula Soyuz a ser lançada ainda neste ano, em troca de US$ 90 milhões (R$ 533 milhões) e do transporte de 800 kg de carga russa a bordo de espaçonaves norte-americanas.

Desde a última missão do ônibus espacial (STS-135, com o Atlantis) em 2011 os EUA não lançam astronautas a partir de seu próprio solo, e precisam negociar assentos em cápsulas Soyuz para missões tripuladas à Estação Espacial Internacional (ISS).

Isso irá mudar em breve. O primeiro voo tripulado de sua cápsula Crew Dragon, da SpaceX, está programado para 27 de maio. Se tudo correr como esperado, os voos regulares à ISS a partir de solo norte-americano deverão ser retomados ainda neste ano, algo para o qual a SpaceX já está se preparando.

Reprodução

Cápsula Crew Dragon, da SpaceX, sendo inspecionada por técnicos da Nasa

Segundo Stephanie Schierholz, porta-voz da Nasa, a agência “tem totsal confiança de que operações comerciais de voos tripulados a partir dos EUA estarão disponíveis em 2020/2021, e que não serão necessárias mais compras de assentos nas Soyuz”.

“Esta modificação em nosso contrato com a Roscosmos foi feita para garantir a presença contínua dos EUA à bordo da Estação Espacial, enquanto fazemos a transição para operações comerciais sustentadas de transporte de tripulantes”, afirmou

A Nasa ainda não anunciou qual astronauta irá voar no assento comprado, mas ele deve decolar junto com dois cosmonautas russos na missão que irá substituir a tripulação atual da Expedição 63 a bordo da ISS.

Fonte: Space.com

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital