Cientistas alemães conseguiram registrar novas e incríveis fotografias do Sol após atualizarem o telescópio solar Gregor, no Observatório Teide, nas Ilhas Canárias. O projeto foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics.
“Esse foi um projeto muito empolgante, mas também extremamente desafiador”, escreveu Lucia Klent, cientista do Instituto Leibniz de Física Solar em Freiburg, na Alemanha, e pesquisadora-chefe do projeto. “Em apenas um ano, redesenhamos completamente a ótica, a mecânica e a eletrônica para alcançar a melhor qualidade de imagem possível”, acrescentou.
O Gregor começou suas observações em 2012, com o título de maior telescópio solar da Europa. O projeto de atualização iniciou em 2018 e incluiu melhorias na ótica do telescópio e no sistema de controle. Além disso, foi feita a repintura do observatório para refletir menos luz e interferir menos na qualidade das observações. Por fim, foram implementadas novas políticas de programação para melhorar a produção científica.
Imagens mostram o Sol em uma proximidade jamais vista. Foto: KIS
O telescópio agora permite que sejam capturadas as características do Sol com apenas 50 quilômetros de diâmetro, segundo comunicado. O momento para atualização ter sido concluída é bastante propício, já que a atividade solar está em ascensão com o término do ponto mínimo do atual ciclo solar. Isso faz com que o Gregor tenha muito o que estudar.
“O projeto era bastante arriscado porque essas atualizações de telescópio geralmente levam anos, mas o grande trabalho em equipe e o planejamento meticuloso levaram a esse sucesso”, acrescentou Svetlana Berdyugina, astrofísica da Universidade Albert-Ludwig de Freiburg e diretora do Instituto Leibniz para Física Solar. “Agora temos um instrumento poderoso para resolver quebra-cabeças do Sol”, finalizou.
Missões para entender melhor o Sol
Esta, porém, não é a única novidade sobre estudos do astro. A Nasa, agência espacial norte-americana, selecionou cinco propostas de missões para estudar como o Sol interage com o espaço ao redor de nosso planeta. Cada proposta receberá US$ 1,25 milhão (cerca de R$ 6,8 milhões) e terá nove meses para conduzir um estudo que conceitualize a missão.
Segundo a agência, seu programa de heliofísica tem como objetivo “melhorar nossa compreensão do universo”, e também “oferecer informações-chave para ajudar a proteger astronautas, satélites e sinais de comunicação – como o GPS – no espaço”.
Via: Space