Alemanha investiga Amazon por influenciar preços durante a pandemia

Órgão antitruste do país analisa se a varejista usou de seu poder e alcance para influenciar vendedores a anunciarem produtos com valor menor
Da Redação18/08/2020 17h31, atualizada em 18/08/2020 19h21

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Autoridades responsáveis por proteger a concorrência de empresas na Alemanha abriram uma investigação contra a Amazon por supostamente influenciar preços durante a pandemia.

Bundeskartellamt, órgão regulador antitruste da Alemanha, não está somente focado na possível manipulação dos preços, mas também se a Amazon usou de seu poder e alcance para influenciar vendedores a anunciarem produtos com valor menor.

“A Amazon não deve ser uma controladora de preços”, disse o presidente do Bundeskartellamt, Andreas Mundt. Segundo ele, a investigação começou em abril após o órgão receber reclamações de lojistas de que a Amazon havia os bloqueado por preços altos.

“No momento, estamos investigando se e como a Amazon influencia a maneira como os comerciantes definem os preços no mercado”, afirmou o chefe antitruste.

De fato, a Amazon tem trabalho para conter os altos preços estipulados por vendedores que querem lucrar com a pandemia. Um exemplo disso é o caso dos irmãos americanos Matt e Noah Colvin, que compraram 17 mil frascos de desinfetante para as mãos em março e tentaram vender na Amazon por preços inflacionados. Logo, a varejista os surpreendeu e retirou seus itens do site. Além disso, a empresa afirmou que muitos perderiam contas se fizessem o mesmo.

logistics-748152_1280.jpgA Alemanhã tem o segundo maior mercado da Amazon, perdendo apenas para os Estados Unidos. Créditos: Pixabay

Amazon em crise na Alemanha

Neste caso em específico dos lojistas alemães, a Amazon informou que suas políticas garantem que os parceiros estabeleçam preços competitivos e não inflacionados e que seus sistemas são projetados para agir contra a manipulação dos valores.

No entanto, este é só o mais recente problema de uma série de crises que a empresa enfrenta na Alemanha, seu segundo maior mercado, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Em junho, trabalhadores de um armazém entraram em greve depois que pelo menos 40 funcionários se contaminaram com o coronavírus. As paralisações ocorreram em seis armazéns da empresa em todo o país, durante dois dias. Segundo o sindicato que representa os trabalhadores, a Amazon estaria colocando a vida se seus funcionários em risco.

Em resposta, um porta-voz da Amazon informou que eles acreditam que seus associados não estão espalhando vírus no trabalho, pois eles possuem medidas robustas de segurança e ainda informaram que ‘os funcionários recebem uma mensagem direta dizendo quando alguém com diagnóstico confirmado esteve no prédio pela última vez”.

Fonte: Engadget

Colaboração para o Olhar Digital

Da Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital