A Nasa, agência espacial norte-americana, selecionou cinco propostas de missões para estudar como o Sol interage com o espaço ao redor de nosso planeta. Cada proposta receberá US$ 1,25 milhões (cerca de R$ 6,8 milhões) e terá nove meses para conduzir um estudo conceitualizando a missão.

Segundo a agência, seu programa de heliofísica tem como objetivo “melhorar nossa compreensão do universo”, e também “oferecer informações-chave para ajudar a proteger astronautas, satélites e sinais de comunicação – como o GPS – no espaço”.

Tempestades eletromagnéticas ocorrem quando imensas explosões de plasma emitidas pela atmosfera exterior do Sol chegam até nós e interagem com o campo magnético da Terra. Elas têm o potencial para destruir infraestrutura tecnológica vital tanto em órbita quanto em solo.

Um dos eventos mais intensos de que se tem notícia aconteceu em 1859, e causou o colapso do sistema de telégrafo em toda a América do Norte e em partes da Europa. Atualmente, uma tempestade solar do mesmo nível poderia interromper redes de transmissão de energia elétrica, transmissões de TV, acesso à Internet e transmissões de rádio.

Elas também podem prejudicar a saúde de viajantes espaciais, danificando o DNA e causando mutações genéticas que podem levar ao câncer. Isso é especialmente preocupante em missões à Lua e outros planetas, já que os astronautas têm que se aventurar longe do campo magnético que protege nosso planeta.

As missões selecionadas pela Nasa são:

  • Solar-Terrestrial Observer for the Response of the Magnetosphere (STORM): que vai estudar como partículas solares interagem com a magnetosfera de nosso planeta, e como um evento em uma região dela pode afetar outras.
  • HelioSwarm: The Nature of Turbulence in Space Plasmas: usará nove pequenos satélites (SmallSat) para medir os ventos solares.
  • Multi-slit Solar Explorer (MUSE): usará espectroscopia para nos ajudar a compreender os processos e eventos que acontecem na atmosfera do sol, como as erupções solares.
  • Auroral Reconstruction CubeSwarm (ARCS): vai usar 32 CubeSats (satélites de pequeno porte com formato cúbico, cujo tamanho é um múltiplo de 10 x 10 x 10 cm). e 32 estações em solo para explorar os processos que causam as auroras.
  • Solaris: Revealing the Mysteries of the Sun’s Poles: irá observar os polos do Sol e coletar dados sobre luminosidade, campos magnéticos e movimentação da superfície, para nos auxiliar na compreensão da origem e evolução do campo magnético solar.

Destas cinco, a Nasa escolherá duas missões para desenvolvimento e lançamento. Segundo a agência, elas serão escolhidas de acordo com sua viabilidade, e os custos de investigação serão limitados em US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhões).

Fonte: Engadget