Segundo a agência espacial Russa (Roscosmos) um Fregat-SB, estágio superior usado no lançamento de alguns foguetes Zenit e Soyuz, se desintegrou em órbita na última sexta-feira, deixando para trás uma “nuvem” de destroços.

O componente foi usado no lançamento de um radiotelescópio russo chamado Spektr-R em 2011, e continuou em órbita desde então. De acordo com a agência, o incidente aconteceu entre as 2 e 3 da manhã (horário de Brasília) de 8 de maio, sobre o Oceano Índico.

O 18º Esquadrão de Controle Espacial, organização dos EUA que monitora destroços em órbita, confirmou o ocorrido e afirma que há “cerca de 65 pedaços” sendo rastreados. Segundo o esquadrão, não há indícios de que o incidente tenha sido causado por uma colisão com algum outro pedaço de “lixo espacial”.

Vídeo da Nasa mostra posição e movimento do lixo espacial ao redor de nosso planeta.

Segundo o Orbital Debris Program Office, divisão da Nasa que também monitora destroços em órbita, há atualmente meio milhão de pedaços de espaçonaves e satélites sendo ativamente rastreados por equipes em solo. Além disso, estima-se que há outros 100 milhões de objetos, com tamanho de um milímetro ou menos, em órbita da Terra.

Apesar de seu tamanho diminuto, eles representam um risco real para espaçonaves e satélites: em velocidade orbital (de 6,5 a 8,2 km/s) mesmo um floco de tinta se move nove vezes mais rápido que a bala de um rifle, e pode destruir uma espaçonave num instante.

Fonte: Futurism