No final de 2019, havia cerca de 5 mil satélites em órbita de nosso planeta. Em 9 anos este número pode chegar a 57 mil, graças aos constantes lançamentos de empresas como a Starlink que, sozinha, quer operar mais de 40 mil satélites em uma constelação global, capaz de fornecer acesso rápido à internet em qualquer lugar do planeta.
Para ilustrar a situação o astrodinamicista Daniel Oltrogge, do Center for Space Standards and Innovation (CSSI), criou a imagem abaixo, que foi mostrada ao fim da 23ª Conferência Anual de Transporte Espacial da Administração Federal de Aviação, nos EUA.
Cada ponto branco representa um satélite. E embora a escala esteja um tanto exagerada (os satélites são muito menores, e menos visíveis, em relação a nosso planeta), ela ilustra bem o desafio enfrentado por cada missão espacial: chegar à órbita sem colidir com nada.
O principal perigo não são os satélites, cujas posições são conhecidas. É o lixo espacial, pedaços de outras missões, de tanques de combustível e de satélites fora de operação, que circula nosso planeta. Em velocidade orbital (de 6,5 a 8,2 km/s) mesmo um floco de tinta se move nove vezes mais rápido que a bala de um rifle, e pode destruir uma espaçonave num instante.
É por isso que empresas como a ClearSpace estão desenvolvendo “reboques orbitais” para recolher satélites desativados e empurrá-los para a atmosfera, onde são incinerados na reentrada. Outro projeto é a Gateway Earth, uma estação espacial que seria colocada em órbita geoestacionária (GEO) e serviria para coletar e reciclar este material.
Fonte: FayerWayer