Detector espacial pode revelar a vida e morte secreta das estrelas

Satélite LISA deve ser lançado em 2034 pela Agência Espacial Europeia
Redação25/02/2020 13h57, atualizada em 25/02/2020 14h20

20200225110444

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Uma equipe de astrofísicos liderada por Mike Lau, do Centro de Excelência ARC em Descoberta de Ondas Gravitacionais, chegou à conclusão de que as ondas gravitacionais de estrelas duplas de nêutrons deverão ser detectadas pelo futuro satélite espacial LISA. A medida é um grande passo para decifrar a vida e morte de estrelas.

O equipamento é um detector de ondas gravitacionais programado para ser lançado em 2034 pela Agência Espacial Europeia. O LISA é composto por três satélites ligados por lasers, formando um triângulo orbitando o Sol. Quando as ondas gravitacionais atingirem esses lasers, os detectores sensíveis poderão captar suas oscilações.

Até então, cientistas ainda não tinham encontrado uma maneira de medir as ondas gravitacionais emitidas quando duas estrelas de nêutrons ou buracos negros ainda estão distantes em sua órbita. Essas ondas mais fracas contêm informações valiosas sobre a vida das estrelas e podem revelar a existência de populações de objetos inteiramente novas.

Reprodução

Usando simulações em computadores, a equipe prevê que, em quatro anos, o LISA vai ter medido as ondas gravitacionais emitidas por dezenas de estrelas duplas de neutros. Geralmente, a emissão das ondas gravitacionais arredonda a órbita naturalmente oval. O quão oval é a órbita pode dizer aos astrônomos muito sobre como eram as duas estrelas antes da supernova.

Uma estrela de nêutrons é o que sobra após a explosão de uma supernova que ocorre no final da vida de uma estrela massiva. Já uma estrela dupla de nêutrons, um sistema com duas estrelas de neutros orbitando uma à outra, produz distúrbios periódicos no espaço-tempo, bem como ondulações que se espalham na superfície de uma lagoa. Essas ondulações são as chamadas ondas gravitacionais, e foram detectadas pela primeira vez em 2015.

Via: Phys

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital