Cientistas do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, afirmam ter encontrado o que pode ser o buraco negro mais próximo do planeta Terra já visto. A singularidade está a “apenas” 1.000 anos-luz de distância. Como não é possível fotografá-lo, os astrônomos concluíram que essa é sua localização com base no movimento de duas estrelas próximas.
A equipe estava investigando o estranho comportamento dos corpos que estão próximos um do outro. Apesar de estarem no mesmo sistema e terem massa e tamanho semelhantes, agem muito diferente um do outro. “Um deles está girando muito rapidamente, tanto que está quase se separando, enquanto a outra estrela gira muito lentamente”, explicou o líder do estudo Thomas Rivinius.
Durante anos, os astrônomos ficaram curiosos para entender o comportamento do sistema. Agora, Rivinius e sua equipe decidiram dar uma nova olhada na região, rastreando o movimento dos astros e medindo como oscilavam no espaço. Os pesquisadores perceberam que as estrelas pareciam orbitar algo cerca de quatro vezes maior que o Sol, mas aparentemente invisível. Isso significava que eles estavam girando em torno de uma estrela difícil de se ver ou, sim, de um buraco negro.
Para descobrir o que era, o grupo imaginou a estrela mais fraca possível com a massa específica, mas não conseguiram encontrar vestígio nenhum de um objeto tão escuro. “Então, se há algo com essa massa no sistema, deve ser um buraco negro”, concluiu Rivinius.
Encontrar um buraco negro tão próximo da Terra significa que pode haver mais singularidades minúsculas espalhados pelo universo. “Conhecemos apenas algumas dúzias de buracos negros, mas suspeitamos que possa haver um bilhão na galáxia. O fato de estar tão perto significa que não pode ser muito incomum”, concluiu Rivinius.
Via: The Verge