Luz no céu intriga moradores do Nordeste do Brasil

Evento foi visto na noite de segunda-feira (23) em vários estados da região; há indícios de que objeto seja foguete chinês lançado no mesmo dia
Leticia Riente25/11/2020 12h40, atualizada em 25/11/2020 13h06

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Após um meteoro explodir e assustar moradores da fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, agora foi a vez do Nordeste brasileiro presenciar outro evento astronômico. Uma estranha luz foi vista no céu da região, principalmente sobre o Piauí, na noite de segunda-feira (23). Acredita-se que o clarão pode ter sido o Sol refletindo em uma parte de um foguete chinês da missão Chang’e-5, lançado ao espaço no mesmo dia.

Segundo o G1, o fenômeno também pôde ser visto nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. As redes sociais, principalmente o Twitter, foram abastecidas com imagens e vídeos do momento em que a luz apareceu no céu.

A suspeita é que se trata do foguete chinês Longa Marcha 5, que começou, nesta semana, seu caminho até o satélite natural da Terra. “Provavelmente, é o lançamento de uma espaçonave chinesa que está indo em direção à Lua. Ela foi lançada justamente nesse horário e a trajetória dela tem parte no Nordeste. O envio do foguete é em busca de minérios”, lembrou Airton Vasconcelos, físico do Instituto Federal do Piauí (IFPI) ao G1.

Mas, de acordo com o site Meio Norte, também há quem diga que a luz vista do Brasil seja do cometa C/2020 Erasmus. O corpo celeste já apresentava possibilidades de ser visto da Terra entre o fim deste mês e o começo de dezembro.

Chang’e-5

A Chang’e-5 é a quinta missão de exploração lunar da China. Por meio do foguete Longa Marcha 5, o objetivo é coletar e trazer de volta ao nosso planeta amostras do solo lunar. Na segunda-feira, o foguete foi lançado a partir do Centro de Lançamento de Satélites Wenchang, carregando 8,2 toneladas de equipamentos. Os cientistas esperam que a missão resulte na coleta de até 4 Kg de material da Lua.

O veículo terá 14 dias terrestres, ou meio dia lunar, para completar sua jornada. O curto período é necessário pelo fato de o equipamento não possuir um sistema de aquecedores para proteger seus componentes das gélidas noites lunares, quando a temperatura pode chegar a -173 ºC.

Via: G1

Colaboração para o Olhar Digital

Leticia Riente é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital