A partir desta terça-feira (18) começa o período da Lua Nova. Esta, porém, tem uma característica especial: trata-se da Lua Negra. O evento vai ocorrer porque, neste ano, o inverno do hemisfério sul (verão no hemisfério norte) terá quatro Luas Novas, uma a mais que o normal. Quando isso ocorre, a terceira é conhecida como Lua Negra.
Com o evento, será possível ver diversos planetas e constelações ao olhar para o céu. No Hemisfério Sul, por exemplo, será possível ver Júpiter e Saturno perto um do outro, em uma posição vertical. Traçando uma reta até o sul, é possível encontrar a constelação do Centauro. Nela, está o sistema estelar Alpha Centauri, o mais próximo do Sol, a apenas 4,3 anos-luz de distância.
Olhando a Oeste, ainda é possível ver a constelação de Argo Navis, que inclui um das estrelas mais brilhantes, a Canopus.
Posição dos planetas e constelações vistas no Hemisfério Norte. Foto: Space
Já para quem estiver no Hemisfério Norte, será possível ver um pouco mais. Além de Júpiter e Saturno, posicionados um ao lado do outro, Marte também poderá ser visto com o avançar da noite, na ponta da constelação de Peixes. Já ao amanhecer, Vênus também ficará visível e, por conta do seu brilho, pode ser encontrado até com o céu claro.
É importante destacar que, apesar do nome Lua Negra, o satélite natural não terá sua cor alterada. O nome é dado apenas pelo fato de ser a segunda aparição da Lua Nova em um mês.
Lua é mais jovem do que se pensava
E por falar na Lua, um novo estudo sugere que os astrônomos estavam errados ao teorizar o período de sua formação. Uma pesquisa feita por cientistas do Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e Universidade de Münster, também na Alemanha, indica que o satélite natural pode ser muito mais jovem do que imaginamos, e que sua origem coincide com um evento crucial na formação de nosso planeta.
A teoria mais aceita para a formação da Lua é que ela é resultado da colisão da Terra, ainda em formação, com outro corpo celeste do tamanho de Marte, chamado Theia. A Lua teria surgido por meio da consolidação dos destroços ejetados durante a colisão.
Mas um novo modelo elaborado pelos cientistas alemães sugere que esse impacto ocorreu muito mais tarde do que imaginado, há 4,425 bilhões de anos, com margem de erro de 25 milhões de anos para mais ou para menos. Cerca de 85 milhões de anos depois do que o imaginado antes.
Via: Space