A Lua cheia desta sexta-feira (5) – a primeira de junho – marca, tradicionalmente, o início da estação de colheita de morangos no nordeste da América do Norte. Por isso, os nativos norte-americanos, especialmente a tribo dos algonquinos, lhe deu o apelido que ficou até hoje: Strawberry Moon, a Lua de Morango.

Este nome aparece pela primeira vez registrado no Almanaque do Fazendeiro do Maine, publicado em 1930, que possui um copilado com os nomes que as tribos dos Estados Unidos deram a todas as luas do ano. Mas na Europa, a última Lua cheia da primavera já era chamada de Mead Moon ou Honey Moon (isso mesmo, a Lua de Mel) desde pelo menos 1500.

O “mead” é como é chamado o hidromel, uma bebida criada pela fermentação do mel misturado com água, às vezes com frutas, especiarias, grãos ou lúpulo. A tradição de chamar os primeiros dias do casamento de “lua de mel” pode estar ligada a essa lua cheia – seja por causa do costume de se casar em junho ou pela crença da época de que no fim de junho o mel estaria pronto para ser colhido das colmeias.

Todos esses nomes vêm da cultura ocidental do hemisfério norte. Por aqui, abaixo da linha do equador, essa lua cheia em particular não tem uma tradição particular – mas não deixará de ser interessante de ser vista. Isso por que, graças a um fenômeno chamado eclipse lunar penumbral, as pessoas poderão ver a superfície da Lua um pouco mais escura neste dia 5.

Um mapa de visibilidade para o eclipse lunar penumbral de 5 a 6 de junho de 2020. Imagem: Fred Espenak/Nasa

O eclipse será mais visível para quem estiver na África, a Austrália e a Ásia Central e do Sul. Durante este evento, o nosso satélite mergulhará quase metade de sua face na penumbra, ou sombra externa, da Terra, começando às 14h45 (Horário de Brasília) – abaixo do nosso horizonte. Como o eclipse durará 3 horas, 18 minutos e 13 segundos, a costa leste da América do Sul testemunhará só o fim do evento – ao nascer da Lua.

Tanto no dia da “Lua de Morango”, quanto na véspera (a quinta-feira, 4), a Lua estará próxima da estrela supergigante vermelha de Antares, a mais brilhante da constelação de Escorpião. 

Via: Live Science