Um lançamento foi interrompido após o Foguete de Treinamento Intermediário (FTI) pegar fogo no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, na sexta-feira (13). As chamas foram controladas rapidamente pelas equipes de apoio e não deixou feridos, segundo informações da Aeronáutica. A atividade é parte da Operação Águia do CLA.
Segundo a Força Aérea Brasileira, “após a interrupção do lançamento, houve um pequeno incêndio, que foi prontamente controlado pelo pelotão contra incêndio. Uma comissão será designada para apurar as causas da ocorrência”.
Foguete que seria lançado a partir da base de Alcântara, no Maranhão, pegou fogo após interrupção do lançamento. Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
A Operação Águia teve início em 9 de novembro com o objetivo de treinar equipes e testar equipamentos no CLA. Por meio do Centro de Lançamento, o Brasil busca posicionar-se como polo lançador de pequenos foguetes, apoiado, principalmente, pela localização estratégica.
Alcântara é um dos melhores locais do mundo para lançamento de foguetes: sua proximidade com a linha do Equador reduz os custos em até 30%, com adequada capacidade angular de órbitas.
Lançamento de microssatélites
Em janeiro deste ano, Agência Espacial Brasileira (AEB) chegou a negociar o lançamento de microssatélites a partir do CLA com empresas estrangeiras. Isso foi possível por meio da aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas para uso da base espacial de Alcântara, o que permite a utilização comercial do local.
Com ações neste sentido, o Brasil poderia receber empresas e entrar no mercado espacial, que movimenta R$ 1,5 trilhão ao ano, podendo chegar aos R$ 4,4 trilhões em 2040. O cauteloso projeto brasileiro é conseguir, ao menos, 1% desses negócios por ano, uma média de R$ 44 bi, a partir de 2040.
Fonte: Agência Brasil