O CEO da SpaceX, Elon Musk, recorreu ao Twitter para criticar a principal concorrente de sua empresa, a United Launch Alliance (ULA). Ambas as empresas venceram recentemente contratos com o Departamento de Defesa dos EUA para realizar lançamentos militares entre 2022 e 2026.

O Pentágono estima que, nesse período, sejam feitos pelo menos 30 lançamentos, segundo informou a CBS News. A Força Espacial anunciou que já encomendou dois lançamentos para a ULA e um para a SpaceX para o quarto trimestre do ano fiscal de 2022. As empresas vão receber US$ 337 milhões e US$ 316 milhões, respectivamente.

A crítica de Musk se deve ao fato de que os foguetes da ULA, que é uma joint-venture entre a Boeing e a Lockheed Martin, não são reutilizáveis. Por isso, investir neles seria como jogar dinheiro fora.

“Foguetes que possam ser reutilizados de forma eficiente são tudo o que importa para transformar a vida em algo multiplanetário & “poder espacial”. Como seus foguetes não são reutilizáveis, ficará óbvio ao longo do temo que a ULA é um completo desperdício de dinheiro dos contribuintes”.

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Foguete Atlas V, da ULA, pronto para o lançamento. Foto: ULA

Já o CEO da ULA, Tory Bruno, foi mais gracioso ao usar o Twitter para parabenizar a rival pela conquista. Até 2014 a ULA e seu foguete Atlas V, que usa propulsores RD-180 russos, tinham o monopólio em lançamentos militares para o governo dos EUA.

A reusabilidade é o principal atrativo do foguete da Space X, o Falcon 9, já que reduz significativamente o custo de cada lançamento. O primeiro estágio do foguete usa seus propulsores para pousar verticalmente sobre uma balsa em alto-mar ou no solo, e depois de “reformado” e testado pode ser usado novamente. Alguns deles já foram reutilizados cinco vezes. Recentemente a SpaceX também conseguiu recuperar com sucesso a carenagem que protege a carga no nariz do foguete, componente avaliado em US$ 6 milhões (R$ 32 milhões)

Fonte: CNBC