Na última quinta-feira (23), a China enviou para Marte a sonda Tianwen-1, sua primeira missão rumo ao espaço profundo. Diferente do que ocorreu em 2011, quando a tentativa de chegar ao planeta vermelho falhou pouco depois de sair da órbita terrestre, a Tianwen-1 parece estar sendo bem-sucedida em sua trajetória veloz para longe da Terra. Um trechinho da viagem foi registrado pela câmera do Gabinete de Defesa Planetária da Nasa, e compartilhado pela agência no Twitter.
During routine survey operations for hazardous #asteroids for @NASA’s #PlanetaryDefense Coordination Office, the @fallingstarIfA ATLAS-MLO telescope spotted China’s Tianwen-1 on its way to #Mars. Bon Voyage Tianwen-1! pic.twitter.com/Kc5SQjljgc
— NASA Asteroid Watch (@AsteroidWatch) July 24, 2020
A sonda Tianwen-1 leva três elementos em sua viagem de centenas de milhões de quilômetros: um módulo de aterrissagem, um rover e um orbitador.
O rover pousará na superfície de Marte com auxílio do módulo de aterrissagem, e será responsável por coletar informações do solo do planeta; enquanto isso, o orbitador ajudará os cientistas chineses a compreenderem melhor as características da atmosfera marciana.
Missão ‘Tianwen-1’ sendo lançada da ilha Hainan, na China, em 23 de julho. Imagem: CNSA
Corrida espacial
A saudação de “bon voyage!” expressada pelo tuíte da Nasa não reflete, necessariamente, a relação entre Estados Unidos e China. Atualmente, Marte representa papel semelhante ao da Lua na corrida espacial dos anos 60. A Tianwen-1 é apenas uma das três missões enviadas ao planeta no intervalo de 11 dias.
Nessa corrida, a aposta americana leva o nome de “Perseverance” e deve partir da Terra em 30 de julho. O rover da Nasa irá procurar por sinais de vida primitiva em Marte, e tem a ambiciosa expectativa de retornar aos Estados Unidos trazendo amostras do solo e de rochas do planeta vermelho.
Em 19 de julho, os Emirados Árabes Unidos também entraram na corrida espacial ao lançar a sonda “Hope”, que deve orbitar o planeta com o objetivo de capturar imagens.