A China lançou os dois primeiros satélites de sua constelação espacial voltada ao desenvolvimento da internet das coisas (IoT). A operação ocorreu na base de Jiuquan, a 1.600 quilômetros de Pequim, às 09h16 desta terça-feira (12), no horário local — ou 22h16 da segunda-feira no horário de Brasília.
Com isso, o país deu início ao projeto Xingyun. Idealizado em dezembro de 2017, ele prevê posicionar mais 78 espaçonaves de comunicação na órbita terrestre baixa da Terra (LEO) até 2023. O intuito principal é cobrir falhas de cobertura de redes de celulares e, assim, impulsionar o programa chinês relacionado à internet das coisas.
Os satélites Xingyun-2 01 e Xingyun-2 02 viajaram ao espaço a bordo do foguete Kuaizhou-1A. O lançamento foi marcado por menções ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O Xingyun-2 01 recebeu o apelido de Wuhan, em referência à cidade chinesa que registrou o primeiro caso de Covid-19 no planeta, enquanto o foguete foi decorado com um desenho em homenagem aos profissionais da saúde.
A China espera que os equipamentos em órbita possam trabalhar inovações tecnológicas, como um sistema de conexão por link a laser entre satélites. Além disso, as espaçonaves devem desempenhar outras tarefas importantes, como o monitoramento do ambiente polar.
Internet das Coisas
Elemento central do projeto Xingyun, a internet das coisas descreve um conceito amplo de uma grande rede de dispositivos conectados. Trata-se de uma estrutura que contempla itens que de alguma forma podem trocar informações com outros por meio da rede, isso inclui objetos do dia a dia que não foram necessariamente projetados para isso.
Pulseiras são exemplos de acessórios antes restritos ao mundo offline que agora podem ser desenvolvidos para se conectar à rede. Até nós, humanos, podemos ser considerados um item da internet das coisas, uma vez que estamos continuamente conectados por meio de nossos smartphones e outros aparelhos eletrônicos.
As aplicações dessa tecnologia são inúmeras: desde o aprimoramente de sistemas de controle de tráfego aéreo, até novas funções para objetos domésticos como geladeira, fogão e armários. Vale lembrar ainda, que a consolidação da tecnologia 5G deve expandir ainda mais o potencial da internet das coisas.
Fonte: Uol/NasaSpaceFlight