Aeronave autônoma pode ser uma alternativa ao uso de satélites

Veículo aéreo movido a energia solar pesa pouco mais de 80 kg e pode transportar com segurança até 7 kg
Luiz Nogueira31/07/2020 18h35, atualizada em 31/07/2020 18h55

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Em parceria com o Ames Research Center, da Nasa, a empresa Swift Engineering desenvolveu uma alternativa acessível aos satélites. A companhia criou uma aeronave autônoma de alta altitude e longa resistência.

O veículo aéreo movido a energia solar pesa pouco mais de 80 kg e pode transportar com segurança até 7 kg. A criação poderá ser usada para operações na atmosfera superior, como aplicações comerciais e militares de vigilância, monitoramento, comunicação e segurança.

“Desenvolvemos um sistema econômico de energia a propulsão que pode suportar temperaturas severas, radiação e condições estratosféricas, fornecendo e armazenando energia suficiente para permitir voos de longa duração”, disse Andrew Streett, vice-presidente de tecnologia da Swift Engineering.

No começo deste mês, a empresa concluiu o primeiro voo de teste da tecnologia. Com isso, foi possível ter certeza de que a aeronave cumpre todos os requisitos de segurança e design. Até o momento, a tecnologia já recebeu dois certificados da Nasa. Eles, juntamente do Certificado de Autorização da FAA (Administração da Aviação Federal), significam que o veículo poderá voar no espaço aéreo comercial.

“As aplicações dessa tecnologia conduzirão a uma nova era de aceleração de dados. A Swift é capaz de oferecer o que nenhuma outra empresa do setor pode para o mercado dos Estados Unidos”, declarou Rick Heise, presidente e CEO da Swift.

Satélites convencionais

Enquanto empresas como a Swift Engineering procuram alternativas, empresas como a Amazon recebem permissão da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos para lançar 3.236 satélites no espaço. Com isso, a companhia pode dar início à implementação do projeto Kuiper, idealizado para fornecer acesso à internet para regiões sem infraestrutura de telecomunicação.

“Ultimamente, ouvimos tantas histórias sobre pessoas que não conseguem trabalhar ou estudar por não possuírem internet de qualidade em casa”, afirmou Dave Limp, vice-presidente da empresa. “Ainda existem muitos lugares onde o acesso à banda larga é fraco ou simplesmente não existe. O Kuiper mudará isso”.

A aprovação vinha sendo aguardada desde julho de 2019, e foi unânime entre os membros da Comissão. Entretanto, algumas condições foram estabelecidas: para manter a autorização, o Kuiper deve ter pelo menos 50% de sua capacidade operando até 30 de julho de 2026, e 100% até 2029.

Via: InTheKnow

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital