Pesquisadores desenvolvem capa de celular com pele humana artificial

Capa funciona como uma membrana tátil e é capaz de a estímulos, como toques, rotações, beliscos e até cócegas
Vinicius Szafran21/10/2019 17h52, atualizada em 21/10/2019 19h51

20191021034145-1918x1080

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Pesquisadores da Télécom Paris, escola de engenharia na França, liderados por Marc Teyssier, desenvolveram uma capa protetora para celulares feita com pele artificial. Essa capa, chamada de Skin-On, funciona como uma membrana tátil, com a qual o aparelho é capaz de “sentir” seu dono. A pele é capaz de responder a estímulos, como toques, rotações, beliscos e até cócegas.

A ideia de Teyssier para criar a capa foi simples, segundo ele, em entrevista à revista New Science. Tudo surgiu de uma vontade incontrolável de “beliscar” seu aparelho celular. A consequência foi uma pele que responde a diferentes gestos que imitam a comunicação e emoção humana. O smartphone será capaz de saber se seu dono está bravo, triste ou quer atenção. Um vídeo publicado no YouTube demonstra os usos da “Skin-On”. Veja abaixo.

“A pele artificial já foi amplamente estudada em muitas áreas de pesquisa, como segurança, detecção e no setor de cosméticos”, conta Teyssier. “No entanto, nosso estudo é o primeiro a considerar realmente a exploração da pele artificial como um novo método para melhorar e evoluir o uso de dispositivos conectados”, conclui.

A equipe produziu dois protótipos diferentes: um mais realista, com texturas que se assemelham à da pele humana, e outra com uma superfície mais uniforme. A pele artificial consiste em três camadas, sendo duas de silicone, envolvendo uma feita com fios de cobre elásticos.

Reprodução

O desenvolvimento do sensor foi um desafio. Como revela Teyssier, “a restrição era criar algo que fosse elástico e ao mesmo tempo capaz de detectar toques.” Ele já havia criado anteriormente um dedo robótico para smartphones, permitindo que o aparelho se arraste por uma superfície. O próximo passo é criar uma pele mais realista, incluindo cabelos e uma temperatura própria.

Foram desenvolvidos protótipos para a capinha de celular, touchpad de computador e smartwatch. O grupo apresenta o trabalho no Simpósio ACM sobre software e tecnologia de interface do usuário em New Orleans, nos Estados Unidos. Todo o processo de desenvolvimento do software levou três meses para ser concluído.

Via: Boing Boing

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital