Experimento de computação quântica da Ford reduz trânsito

Projeto de pesquisa em conjunto com a Microsoft também diminui os tempos de deslocamento
Vinicius Szafran10/12/2019 20h47, atualizada em 10/12/2019 21h30

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A Ford diz que há evidências de que a tecnologia de computadores quânticos, ainda altamente experimentais, promete melhorar o transporte. Através de uma parceria com a Microsoft, a empresa usou a tecnologia “de inspiração quântica” para testar um algoritmo de planejamento de trânsito que reduziu em 73% o tráfego de Seattle e em 8% o tempo de deslocamento, em uma simulação de cinco mil carros.

É promissor, mas ainda há muitas dúvidas sobre computadores quânticos. Além de extremamente cara, a tecnologia exige equipes de especialistas para programar e operar. O uso convencional de computadores quânticos está provavelmente a anos de distância, com várias inovações necessárias para desbloquear essa maneira radicalmente diferente de processar dados.

A Ford está esperançosa. O roteamento de tráfego é importante para uma empresa que se concentra não apenas em carros individuais, mas na mobilidade geral. Contudo, computadores quânticos podem ser úteis para muito mais.

Esse equipamento processa dados usando qubits que, diferentemente dos bits usados por computadores comuns, podem armazenar dados como uma combinação de um e zero. Outro fenômeno da computação quântica, chamado emaranhamento, pode vincular o estado de vários qubits, permitindo que as máquinas explorem uma vasta gama de soluções possíveis para um problema simultaneamente.

Na simulação de Seattle, a Ford montou um sistema de roteamento “egoísta” convencional, onde cada carro calculou sua melhor rota por conta própria, contra um sistema de rotas de tráfego “equilibrado”, que levou em consideração todos os planos dos carros. O cálculo da abordagem equilibrada levou 20 segundos.

Não está claro qual hardware a Ford usou para o teste, mas em 2018, a montadora anunciou uma parceria para usar uma máquina quântica D-Wave operada pela Nasa. A D-Wave vende uma máquina chamada recozedor quântico, que pode buscar soluções otimizadas para vários problemas, mas que não possui toda a gama de programação como computadores quânticos de empresas como Google, IBM e Rigetti Computing.

Via: Road Show

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital