Covid-19: Brasil é um dos países com mais doses da vacina reservadas

Instituto da Índia e os EUA lideram o ranking, com 1 bilhão cada; levantamento indica que, seja por compra direta ou licenciamento de produção, Brasil reservou 220 milhões de doses
Vinicius Szafran30/07/2020 20h21, atualizada em 30/07/2020 20h30

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O Brasil é um dos países com mais doses de vacina contra a Covid-19 reservadas. De acordo com um levantamento feito pela Quartz, o país já reservou 100 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e outras 120 milhões da Sinovac, totalizando 220 milhões de doses.

Esses números incluem tanto a compra direta do estoque quanto o licenciamento para produção local. No caso do Brasil, as vacinas foram licenciadas em troca da realização de testes no país.

O ranking de mais doses reservadas é liderado pelos Estados Unidos, que já garantiu um bilhão delas. Desse total, 600 milhões são parte do acordo feito com a Pfizer e a BioNTech de comprar todo o estoque de sua vacina neste ano.

Outro bilhão de doses já foi reservado pelo Serum Institute, um instituto da Índia fundado pelo bilionário Cyrus Poonwalla, vindo da AstraZeneca. No entanto, como parte do acordo feito pela empresa italiana, o instituto será obrigado a distribuir as vacinas para países de renda média e baixa.

Reprodução

Acordos similares foram feitos com institutos como o GAVI (Aliança Global para Vacinas e Imunizações) e o CEPI (Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias), que receberão 300 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. Ambos os institutos são ligados à Bill and Melinda Gates Foundation, uma instituição filantrópica criada pelo bilionário e fundador da Microsoft, Bill Gates.

Já no continente europeu, existem acordos feitos dentro e fora do bloco econômico. A União Europeia reservou 500 milhões de doses, sendo 300 milhões da Sanofi e 200 milhões da Johnson&Johnson. Itália, Alemanha, Países Baixos e França, por sua vez, têm acordo com a AstraZeneca para o recebimento de 400 milhões de doses para os quatro países, feito sem ligação com a UE.

Entretanto, vale ressaltar que ainda não há comprovação científica de que qualquer uma dessas vacinas seja de fato eficiente contra o novo coronavírus. Por isso, alguns desses acordos, como o do Brasil com a Sinovac, dependem exclusivamente da eficiência do medicamento.

Até o momento, cinco vacinas estão em estágio avançado de testes: Sinovac, Moderna, Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford e Sinopharm.

Via: Época Negócios

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital