A Alemanha é mais um país a entrar na fase de testes de uma vacina contra a Covid-19 com humanos. O Instituto Paul Ehrlich, que opera como a agência regulatória federal alemã para vacinas e biomedicina, anunciou nesta quarta-feira (22) a autorização para o início dos estudos clínicos, que devem começar “em breve”, mas ainda sem data.

A vacina em questão foi batizada de BNT162. Ela está em desenvolvimento pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech com uma parceria com a gigante farmacêutica Pfizer, como informa a Deutsche Welle. Espera-se que o projeto também seja testado nos Estados Unidos quando as agências americanas derem seu aval, como relata o site Independent.

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A primeira etapa dos testes terá como objetivo garantir sua segurança, e não medir sua eficácia. Para isso, serão recrutados 200 voluntários saudáveis, com idade entre 18 e 55 anos. Se for constatado que a vacina é segura com este público, ela será testada com as pessoas que fazem parte do grupo de risco da Covid-19, como idosos e portadores de outras doenças. Esta segunda fase pretende reunir até 500 voluntários.

O Instituto Paul Ehrlich estima que essa etapa dos testes pode levar entre três e cinco meses. A partir dos resultados, os pesquisadores avançarão para estudos mais amplos, que já podem ter como foco concluir se a vacina é ou não eficaz na prevenção à Covid-19. O instituto também afirma que há outras vacinas a caminho de receber aprovação para testes clínicos na Alemanha em breve.

Outras vacinas pelo mundo

Com a sua primeira vacina em testes, a Alemanha se junta a outros países na corrida para descobrir uma forma eficaz e segura de imunizar a população contra o coronavírus. O Reino Unido havia anuniado que seus experimentos começariam nesta semana, com uma vacina que pode estar pronta até setembro, se os experimentos tiverem resultados satisfatórios.

Já há três projetos experimentais na China, enquanto nos Estados Unidos, a empresa farmacêutica Moderna também anunciou em março que havia começado os testes com seres humanos em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde.

Fora as que já têm autorização para testes clínicos, já há mais de 100 projetos em desenvolvimento em laboratórios pelo planeta. O Brasil, inclusive, também tem fórmulas nacionais sendo desenvolvidas. Uma delas segue em pesquisa em uma parceria entre a Fiocruz Minas e a Universidade Federal de Minas Gerais.