Na terça-feira, (26), oito funcionários da NSOGroup, empresa de segurança com sede em Israel, entraram com uma ação contra o Facebook no tribunal de Tel Aviv. A alegação é de que a plataforma bloqueou as contas pessoais desses indivíduos. A medida foi tomada, pois a companhia de Mark Zuckerberg não aprova o sypware Pegasus, desenvolvido pela corporação de defesa, que é frequentemente usado para explorar o WhatsApp.
Segundo o processo, a rede social bloqueou 100 contas no Facebook e Instagram no dia 29 de outubro. Muitas delas pertenciam a funcionários e ex-funcionários da empresa israelense e seus familiares.
Um comunicado divulgado por representantes dos envolvidos disse que a ação é prejudicial e injusta.
“Bloquear nossas contas privadas é uma medida prejudicial e injusta do Facebook contra nós. Além disso, o conhecimento de que nossas informações pessoais foram pesquisadas e usadas nos incomoda muito. Temos orgulho de ser funcionários da NSO, uma empresa israelense de valores. Inúmeras pessoas em todo o mundo devem suas vidas à nossa tecnologia. Acreditamos na justiça do nosso jeito e continuaremos a agir para ajudar os governos de todo o mundo a prevenir o crime e o terror através da tecnologia que desenvolvemos”.
Além disso, o comunicado afirma que o caso só foi para justiça após falhas tentativas de contato com o Facebook. A rede social, por sua vez, respondeu que desativou “contas relevantes” por “razões de segurança, incluindo a prevenção de ataques adicionais” por conta do processo em andamento contra o NSOGroup.
Apesar das batalhas legais em andamento e várias acusações, a empresa de segurança manteve a posição de que seu software é vendido apenas para governos autorizados que visam salvar vidas. No entanto, a companhia israelense se recusou a divulgar detalhes sobre quem são seus clientes ou como o software é usado.
Via: The Next Web