O WhatsApp anunciou que pelo menos uma dúzia de acadêmicos, advogados, ativistas e jornalistas na Índia foram alvos de vigilância pelo malware Pegasus da empresa de segurança NSO Group. O caso foi revelado pelo jornal India Express.
A NSO está sendo processada pelo WhastApp depois de desenvolver o malware “Pegasus” e invadir a rede de mensagens, ajudando espiões do governo a invadir telefones de 1.400 usuários em quatro continentes. Os alvos principais eram diplomatas, dissidentes políticos, jornalistas e oficiais do governo. Após infectados, os invasores podiam ouvir ligações, ter acesso a fotos, mensagens de voz e mensagens de texto.
“Jornalistas indianos e defensores dos direitos humanos foram alvos de vigilância e, embora não possa revelar suas identidades e o número exato, posso dizer que não é um número insignificante”, afirmou o porta-voz do WhatsApp.
Em maio deste ano, o WhatsApp interrompeu um ataque cibernético sofisticado que explorava seu sistema de videochamada para colocar malwares Pegasus clandestinamente. No processo aberto ontem (30), a empresa alega que o NSO Group se aproveitou da vulnerabilidade para transformar os dispositivos em ferramentas secretas de espionagem para vigiar pessoas de interesse.
Em resposta, a NSO Group refutou as acusações do WhatsApp e reafirmou que sua tecnologia é oferecida apenas para agências governamentais de inteligência e de aplicação da lei, combatendo e prevenindo ataques terroristas e crimes graves.
No entanto, como foi revelado recentemente, o malware da NSO foi utilizado por governos repressores como no Marrocos, Ruanda e Arábia Saudita, para perseguir jornalistas e advogados de direitos humanos.