Com o objetivo de evitar riscos do Brasil ficar de fora da implementação da rede 5G, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, quer instituir um grupo de trabalho. De acordo com o site Teletime, a decisão pode ter sido motivada depois de ataques por parte do deputado federal Eduardo Bolsonaro à China, país chave para a instalação da tecnologia em território brasileiro.

Ainda segundo a publicação, o grupo já começou a se movimentar na última quarta-feira (25) por meio de uma reunião com parlamentares. Quem deverá presidir o coletivo será a deputada federal Perpétua Almeida, que inclusive, no mesmo dia da reunião, pediu o afastamento do filho do presidente Jair Bolsonaro da presidência da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Casa.

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O grupo idealizado por Maia terá a incumbência de acompanhar todas as negociações envolvendo a implantação do 5G no país.

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Entenda o caso

Na noite de segunda-feira (23), Eduardo Bolsonaro utilizou a redes sociais para acusar a China de espionagem por meio da nova tecnologia. Na mesma postagem, o deputado disse ser favorável à iniciativa encabeçada pelo governo dos Estados Unidos, por enquanto liderado por Donald Trump, que evita a utilização da tecnologia 5G desenvolvida pela gigante chinesa Huawei.

Sobre isso, Perpétua disse que “uma instituição que se deve dar ao respeito, não pode permitir que seus membros achincalhem outros países prejudicando históricas relações”. Ela ainda cobrou do presidente Bolsonaro uma manifestação sobre o comportamento inadequado do filho. Cabe lembrar que, atualmente, a China é o maior parceiro comercial do Brasil.

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Na terça-feira, após a publicação via Twitter do deputado Bolsonaro, a China se pronunciou em carta sugerindo ao filho do presidente Bolsonaro que abandone retóricas norte-americanas para evitar “consequências negativas”, segundo a Folha de São Paulo. Ainda de acordo com a publicação, o Itamaraty considerou o tom do país asiático “ofensivo” e “desrespeitoso” em resposta ao deputado federal.

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Fonte: Teletime