Grandes tempestades de amônia estão mesclando as linhas brancas e marrons que separam as diferentes faixas atmosféricas de Júpiter.

De acordo com pesquisadores, a tempestade é formada por bolsões quentes de amônia e água que sobem em direção à camada externa de nuvens de Júpiter. Quando alcança 50 milhas (80 quilômetros) abaixo do topo das nuvens, a água se condensa em gotículas líquidas e libera calor. A energia gerada nesse processo impulsiona a amônia pelo resto do caminho até formar plumas brancas na superfície da camada de nuvens.

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As plumas brancas são como redemoinhos nas bordas das faixas, responsáveis pela mistura de tons. “Se essas plumas forem poderosas e os eventos continuarem, dentro de alguns meses, as nuvens podem alterar uma dessas faixas por completo”, explicou Imke de Pater, astrônomo da Universidade da Califórnia.

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Pater, que usou os telescópios Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array (ALMA) e o Telescópio Espacial Hubble para o estudo, explica que as condições do planeta dificultam a observação, e consequentemente, a compreensão do fenômeno.

 “Tivemos muita sorte com esses dados, porque foram obtidos apenas alguns dias depois que astrônomos amadores encontraram uma pluma brilhante no Cinturão Equatorial do Sul”, explica o Pater. “Com o ALMA, observamos o planeta inteiro e vimos aquela pluma, e como o ALMA sondava abaixo das camadas de nuvens, podíamos realmente ver o que estava acontecendo sob as nuvens de amônia”.

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De acordo com as observações do estudo, as plumas começam a se formar nas profundezas da atmosfera do gigante gasoso.

Fonte: Live Science

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