O presidente da Crypto Capital, Ivan Manuel Molina Lee, foi preso nesta quarta-feira (24) por suspeita de lavagem de dinheiro e envolvimento com cartel internacional de drogas. O empresa processadora de pagamentos, com sede no Panamá, é vinculada à Bitfinex que, supostamente, investiu US$ 850 milhões na companhia, mas ficou impedida de acessar o dinheiro posteriormente.

Para cobrir o buraco deixado pelo golpe, a Bitfinex teve de fazer uma venda de um bilhão de dólares em criptomoedas no mês de maio. Os fundos perdidos pela empresa eram mantidos em contas bancárias na Polônia, Portugal, Estados Unidos e Reino Unido. O Ministério da Justiça polonês já havia apreendido US$ 350 milhões anteriormente, provenientes de atividade criminosa.

Um mandado de prisão para Ivan Molina foi emitido em 31 de março. Para capturá-lo, as autoridades polonesas contaram com o auxílio da Interpol, Europol e Agência de Combate às Drogas (DEA) dos Estados Unidos. Os fundos apreendidos estavam no nome da Crypto SP. Z O.O e da NESP SP. Z O.O, duas empresas locais ligadas à Crypto Capital. A apreensão foi parte de uma operação contra a lavagem de dinheiro na Polônia.

De acordo com a imprensa polonesa, os fundos encontrados em posse das empresas de Molina Lee eram para “lavar dinheiro de cartéis de drogas colombianos através de criptomoedas”. Esta foi a maior apreensão de segurança na história do Ministério Público polonês contra o confisco, segundo a procuradoria do país.

Além da Bitfinex, diversas outras empresas de negociação de criptomoedas também utilizaram os serviços da Crypto Capital, tais como a Kraken, a BitMEX e a Binance. Em comunicado feito em seu site oficial, a Bitfinex disse ser vítima de uma fraude e estar colaborando com as autoridades responsáveis pela investigação. 

O anúncio da prisão de Molina Lee aconteceu dias depois de a Bitfinex ter entrado na Justiça com um pedido para reaver os US$ 850 milhões em fundos da Crypto Capital. Enquanto isso, a empresa de Lee sustenta ser incapaz de devolver o valor, devido ao congelamento de suas contas bancárias. A Bitfinex alega que o dinheiro foi distribuído em várias contas ao redor do mundo para evitar a detecção da fraude por parte das autoridades.

Via: The Block