Mato Grosso é mais um estado a adotar identificação biométrica de bebês

Depois de Goiás e Pernambuco, tecnologia desenvolvida pela startup curitibana Natosafe, que permite a coleta da biometria já nas primeiras horas de vida, entra em teste no Mato Grosso
Redação17/09/2020 23h08, atualizada em 17/09/2020 23h33

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O Mato Grosso é mais um dos Estados brasileiros a aderir à plataforma Infant.ID, a primeira do mundo a permitir a coleta e identificação biométrica de um ser humano já nas primeiras horas de vida. A tecnologia foi desenvolvida pela startup brasileira Natosafe, que tem sede em Curitiba.

No caso mato-grossense, o equipamento foi fornecido pela empresa para que seja testado por profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O papiloscopistas do órgão, que é responsável pela emissão do documento de identidade naquele Estado, iniciará um projeto-piloto com crianças de zero a cinco anos em uma maternidade de Cuiabá.

Reprodução Recém-nascido com apenas 18 dias, filho da deputada estadual pelo Mato Grosso, Janaína Riva, se submete à identificação biométrica em maternidade de Cuiabá. Crédito: Reprodução Facebook

Para maternidades e órgãos de identificação

Para Ailton Silva Machado, diretor metropolitano de identificação técnica da Politec, a ideia é que os hospitais realizem a aquisição do equipamento, podendo, assim, proceder com as coletas das informações digitais dos recém-nascidos, transmitindo-as em seguida ao órgão pela internet. “Ele [o sistema da Natosafe] ficará conosco em torno de 30 ou 60 dias para a realização dos testes. A Politec tem a previsão de adquirir os equipamentos para nossa homologação’’, assegurou.

O primeiro Estado brasileiro a usufruir a tecnologia foi Goiás, tornando-se o pioneiro do País na emissão de uma carteira de identidade com dados biométricos em alta definição de um bebê. Pernambuco também já tem o seu, graças a um convênio de cooperação técnica entre a Natosafe, o Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB) e a Secretaria de Estado da Saúde local.

O Infant.ID é recomendado para maternidades e serviços de identificação. A tecnologia padrão limita o processo de aquisição das impressões digitais dos recém-nascidos para a emissão do popular RG. O que se consegue é apenas as impressões plantares e palmares em tinta ou scanners do neonatal. Já a solução da Natosafe é composta por dispositivos e ferramentas que, além da impressão da planta do pé e da palma da mão, também permitem a coleta das digitais precocemente, gerando uma identificação biométrica única.

Impressão digital precoce representa mais segurança

O Infant.ID foi apresentado no ano passado no Biometrics Hitech Summit, evento brasileiro especializado em biometria e identificação humana. Na época, Ismael Akiyama Cruz, fundador da Natosafe, não escondeu a empolgação com o seu produto. “Acreditamos que essa solução inovadora contribui para um mundo mais seguro para as crianças, pois possibilita estabelecer um documento de identificação entre o bebê e a sua mãe, por meio de impressão digital totalmente única”, disse.

Segundo ele, a tecnologia foi desenvolvida de modo a assegurar o acompanhamento do indivíduo ao longo de toda sua vida, desde os primeiros instantes do seu nascimento. E num País onde a troca de bebês na maternidade e o tráfico de crianças não chegam a ser nenhuma novidade, este tipo de suporte só tem a ajudar e é mais do que bem-vinda.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Estado do Mato Grosso

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital