Google, Facebook e Twitter devem testemunhar sobre censura nos EUA

Big techs são acusadas de 'frear' disseminação de reportagens publicadas pelo New York Post sobre o presidenciável Joe Biden
Equipe de Criação Olhar Digital19/10/2020 00h00

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Daqui duas semanas, numa quarta-feira (28), os CEOs do Google e Alphabet, Facebook e Twitter deverão testemunhar no Comitê do Senado dos Estados Unidos sobre acusações de censura em artigos prejudiciais ao presidenciável Joe Biden, também ex-vice presidente do país. A audiência discutirá a responsabilidade que as grandes empresas têm na disseminação de conteúdo.

Sundar Pichai, Mark Zuckerberg e Jack Dorsey deverão se apresentar sob os termos de responsabilidade e proteção da seção 230 da Lei de Decência na Comunicação. Ela protege as plataformas e seus proprietários do conteúdo publicado por usuários.

O anúncio da audiência foi feito pelo senador Roger Wicker, presidente do comitê. A audiência também discutirá se as empresas deverão continuar recebendo as proteções de responsabilidade impostas pela seção 230.

Censura em reportagem

A audiência deve acontecer no momento em que Facebook e Twitter são acusadas de impedir a disseminação de artigos do New York Post sobre supostos e-mails de Biden que podem comprometer o candidato. As publicações foram feitas na última quarta-feira (14).

Reprodução

Além do Twitter, Facebook também é acusado de reduzir propagação de reportagem publicada na rede social. Imagem: Kon Karampelas (Unsplash)/Reprodução

O Twitter chegou a bloquear usuários de publicar fotos dos e-mails ou links para as histórias. A própria conta do veículo, inclusive, chegou a ser bloqueada. Ao tentar fazer publicações com o conteúdo, os usuários eram informados de que o material havia sido identificado como “potencialmente prejudicial”. A explicação da rede social foi de que a origem dos e-mails é incerta.

Citando atualização na política de uso, o Twitter informou também que não encoraja práticas de hacking, tendo em vista os “materiais possivelmente obtidos ilegalmente”. Jack, CEO da plataforma, disse que “o bloqueio direto de URLs estava errado”.

Já o Facebook é acusado de limitar a disseminação da história, reduzindo o número de usuários que poderiam ver as publicações nos seus feeds. A porta-voz do veículo, Iva Benson, disse que a publicação “explica de onde veio a informação e um comitê do Senado agora confirma que também recebeu os arquivos da mesma fonte”.

Fonte: Fox News