FBI descobre mais um mentor de ataque ao Twitter, de apenas 16 anos

Invasão ocorreu em julho e atingiu contas de empresas como Apple, Uber, além de Bill Gates e Elon Musk; se o jovem for preso, caso deve ser entregue às autoridades de Massachusetts
Redação03/09/2020 13h05, atualizada em 03/09/2020 14h15

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O mega-ataque ao Twitter realizao em julho, que atingiu algumas das maiores contas da plataforma  como de Bill Gates, Elon Musk e Jeff Bezos, além de empresas como Apple e Uber, sofreu um novo revés.

Após autoridades americanas prenderem um jovem de 17 anos, acusando-o de ser o mandante do crime, agora, porém, o FBI encontrou mais um provável participante do ataque. Sua idade? 16 anos.

Os agentes federais chegaram a ele após o relato de quatro pessoas investigadas. Na última terça-feira (1º), o FBI realizou um mandado de busca na casa do adolescente, que não teve seu nome revelado, em Massachusetts, onde mora com os pais. A agência vai analisar tudo o que foi encontrado no local e decidirão se vão acusar ou não o jovem.

Se ele for preso, o caso deve ser entregue às autoridades do estado. Isso porque, em casos de menores de idade na condição de adultos, os promotores de Massachusetts têm mais poder que os federais.

ReproduçãoAlgumas das contas mais influentes da rede social foram invadidas. Foto: OverHope.STP/Shutterstock

Três pessoas já foram acusadas pelo ataque. Entre elas está Graham Clark, o jovem de 17 anos e considerado o mandante do crime. Ele enfrenta 30 acusações como adulto, já que a lei da Flórida, onde mora, permite que menores “sejam processados como adultos em casos de fraude financeira, quando apropriado”.

Além dele, Mason John Sheppard, de 19 anos e morador do Reino Unido, e Nima Fazeli, de 22 anos, residente de Orlando, também foram indiciados.

Como o jovem ajudou no ataque

O jovem de Massachusetts ajudou a planejar o ataque desde maio, segundo os investigadores. “Ele era mais inteligente do que o resto”, destacou Joseph O’Connor, hacker conhecido como PlugWalkJoe. Uma prova disso é que ele conversava com o restante do grupo apenas por sistemas criptografados, como o Signal. Apesar disso, em conversas online daquele dia, O’Connor disse que o adolescente revelou em chamada que havia entrado nos sistemas da rede social.

O adolescente costumava ligar para funcionários de grandes empresas, como o Twitter, se passando por um contratado ou empregado. Depois, tentava persuadir os funcionários a inserir credenciais de login em sites fraudulentos. Dessa forma, ele conseguia ter acesso aos sistemas internos das companhias.

ReproduçãoJovens estão sendo investigador por ataque. Foto: nopporn/Shutterstock

Quando tinha apenas 13 anos, o jovem comprou uma série de sites e tentou revendê-los, usando seu e-mail e endereço pessoal. Pouco depois, ele se associou aos demais envolvidos no ataque ao Twitter. Em seus primeiros trabalhos, eles utilizaram um método conhecido como swaps SIM para roubar contas de mídia social e criptomoedas. No início do ano, ele ainda fez parte do grupo que invadiu o GoDaddy.

Quanto ao ataque à rede social, foi relatado que os demais cúmplices desistiram pouco antes do crime. Por conta disso, Clark e o adolescente de Massachusetts realizaram a ação.

Via: Estadão

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital