Na última sexta-feira (30), Jack Dorsey, CEO do Twitter, teve sua conta na rede social invadida por um grupo de hackers. Os cibercriminosos conseguiram acesso à conta se aproveitando de uma vulnerabilidade no sistema de autenticação por telefone. O acesso indevido foi usado para espalhar mensagens ofensivas usando a conta do CEO.
Os hackers, identificados como o grupo Chuckling Squad, espalharam a mensagem usando o serviço Cloudhopper – comprado pelo Twitter em 2010 – que permite que tuítes sejam postados apenas enviando mensagens de texto para um número específico. Esta é uma forma simples de permitir que quem não tem acesso ao aplicativo do Twitter possa postar na rede social.
Para realizar a invasão, os hackers usaram uma técnica conhecida como “SIM Swap”. Essencialmente, eles convenceram a operadora a atribuir o número de Dorsey a um novo telefone que eles controlavam. Essa não é uma técnica nova, embora seja usada com frequência para roubar Bitcoins.
Os usuários podem se proteger adicionando um código PIN à sua conta da operadora ou registrando contas online, como o Twitter, usando número fictícios, mas essas técnicas podem exigir muito do usuário comum. Com isso, a troca de SIM se tornou uma das técnicas favoritas dos criminosos para criar problemas online.
Falhas nos processos de segurança
O Twitter atribui o erro à operadora AT&T, usada por Dorsey. Segundo o que foi apurado, os criminosos entraram em contato com o suporte da operadora e solicitaram que o número de Dorsey fosse portado para outro SIM. A operadora atendeu à solicitação, dando acesso total do número do CEO para os criminosos.
Obviamente, a falta de um procedimento de segurança do Cloudhopper facilitou o ataque dos hackers à conta de Dorsey. Mas a falta de verificações de segurança no sistema da AT&T também é responsável pelo incidente. Felizmente, segundo o Twitter, a conta foi recuperada 18 minutos após sua invasão.
Esse hack mostra a vulnerabilidade das operadoras de telefonia e a necessidade da adoção de um método de autenticação de dois fatores, que vai além do uso de apenas mensagens de texto (SMS) para receber um código de confirmação de identidade.