Um estudo publicado recentemente pela Huawei explica como é possível ‘derrotar’ um dos maiores softwares de código-aberto para detecção facial. Ele é a base para a produção de grande parte dos programas de análise de rostos, utilizando a face humana como autenticação e procedimentos de segurança.

De acordo com a pesquisa, a forma de burlar o reconhecimento da face se dá utilizando-se de códigos de escaneamento, semelhantes aos QR Codes, que são posicionados no rosto a ser analisado. Eles, no entanto, possuem padrões de informações que alteram o reconhecimento do programa, tornando o acesso pela face impossível em até 95% dos casos testados.

Em um vídeo postado no YouTube pelos pesquisadores da Huawei, é possível perceber que o software consegue reconhecer faces, inclusive com o uso de máscaras encobrindo metade do rosto. Quando o código é colocado sobre a bochecha dos envolvidos, se percebe que o programa não consegue realizar o reconhecimento.

 

Tal falha pode ser explorada principalmente em sistemas de segurança que utilizam de câmeras com reconhecimento facial para empresas, residências e também para a vigilância de ruas, pelos departamentos de polícia. 

Este processo não significa, no entanto, que os softwares de detecção facial estão vencidos. Pelo contrário, os próprios pesquisadores ressaltam que esta falha não é estrutural, e pode ser corrigida com certa facilidade por desenvolvedores.

Constante aprimoramento

Pesquisas como a publicada pela Huawei têm o propósito de aprimorar os softwares utilizados pela indústria. Neste caso, trata-se de programa de código-aberto, cujo melhoramento é de interesse de diversas empresas que o utilizam para desenvolver suas soluções de reconhecimento facial.

Estes softwares possuem diversas finalidades. São utilizados como ferramentas por aplicativos como o Google Fotos para a detecção de rostos nas imagens e também por sistemas de segurança de empresas e casas. Torná-los mais seguros e imunes a falhas como esta é do interesse de todos os desenvolvedores.

Fonte: OneZero