Próximo iPhone pode ser o mais caro da história; saiba por quê

Redação21/11/2016 11h50, atualizada em 21/11/2016 12h30

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A margem de lucro da Apple com os iPhones vem causando preocupação aos analistas de mercado, de acordo com a empresa Bernstein Research. Entre 2009 e este ano, a parcela do valor de cada iPhone que volta à Apple na forma de lucro caiu de 57,5% para 40,8%, e espera-se que ela caia ainda mais nos próximos anos.

Segundo o Business Insider, ao menos quatro equipes de analistas de mercado avisaram investidores de que essa margem vem despencando com o tempo. Essa informação é particularmente relevante para investidores, já que o retorno que eles têm ao investir na empresa depende diretamente dos lucros dela. O gráfico abaixo mostra a queda da margem de lucro da Apple com iPhones desde 2009:

Reprodução

Vale notar, porém, que isso não significa que a Apple esteja perdendo dinheiro com os iPhones – nem de longe. Embora a venda dos dispositivos tenha diminuído pela primeira vez em 2016, a empresa vendeu seu bilionésimo iPhone neste ano. E o primeiro trimestre de 2016 da Apple foi o mais lucrativo de qualquer empresa na história – e mesmo assim ficou abaixo das expectativas.

O iPhone mais caro da história

Se a Apple é atualmente uma das empresas mais valiosas do mundo, isso é em grande parte por causa do iPhone, que representa mais da metade de todo o faturamento da empresa. Isso também é, em grande parte, por causa do valor de suas ações – que é elevado também porque os investidores sabem que a empresa é imensamente lucrativa e estão dispostos a pagar caro por seus papéis.

Uma queda na margem de lucro dos iPhones, num contexto em que as vendas do dispositivo não param de cair, ameaça diretamente esses dois pilares: o faturamento da empresa e o preço de suas ações. Por esse motivo, a Apple pode ter que aumentar o preço dos próximos iPhones para manter a sua margem de lucro elevada.

Isso tudo se soma ao fato de que o próximo iPhone pode ser ainda mais caro de se produzir. Segundo os rumores mais recentes, o novo dispositivo pode ser feito de vidro e ter tela curva, além de recursos como carregamento sem fio. A produção dos displays do novo aparelho até mesmo ameaçou levar os fornecedores da empresa à falência.

Sendo mais caro de produzir – e dada a necessidade da empresa de aumentar sua margem de lucro – ele pode ser o iPhone mais caro já lançado. Outro fator a ser levado em consideração é a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA. Uma das promessas de Trump em sua campanha era obrigar a Apple a fabricar iPhones nos Estados Unidos, e isso poderia dobrar o preço dos dispositivos.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital