8 planos do Facebook para os próximos 10 anos

Equipe de Criação Olhar Digital12/04/2016 20h58

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A conferência F8 do Facebook trouxe hoje uma série de anúncios interessantes sobre os planos da empresa para o futuro. Boa parte das informações veio do próprio Mark Zuckerberg, CEO e co-fundador da rede social, durante a fala inicial do evento, quando ele delineou “o nosso mapa de estrada para os próximos 10 anos”.

Segundo o CEO do Facebook, a empresa age da seguinte maneira: ela busca novas tecnologias que têm potencial, transforma-as em aplicativos que podem atingir grandes públicos e, na sequência, expande esses aplicativos para “ecossistema”: plataformas que podem ser expandidas com a ajuda de outros desenvolvedores, que podem criar apps e serviços integrados a ela. A imagem acima ilustra essa estratégia.

A rede social Facebook é o primeiro exemplo de plataforma da empresa. Atualmente, além de já possuir mais de um bilhão de usuários, ela também permite que empresas, negócios e desenvolvedores a utilizem para seus próprios fins. No futuro, a empresa pretende transformar outros produtos seus (como o Messenger) em plataformas semelhantes.
 
Essas são, em linhas gerais, as diretrizes de crescimento do Facebook. No entanto, Zuckerberg também deu informações concretas sobre quais objetivos a empresa pretende atingir ao longo desse caminho. Esses objetivos são pequenas etapas na missão da empresa de, em dez anos, permitir que qualquer pessoa compartilhe qualquer coisa com qualquer outra. Confira:

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Melhorar a comunicação entre pessoas e negócios

“Nunca conheci ninguém que gostasse de ligar para um negócio”, disse Zuckerberg durante sua fala. De fato, comunicações com empresas para funções como cancelamento de planos de internet fixa ou alterações de dados cadastrais podem ser bastante problemáticas. A empresa hoje anunciou o lançamento de uma plataforma de robôs para o Messenger que tem como objetivo facilitar transações desse tipo, e permitir que pequenas empresas e negócios se comuniquem de maneira mais eficiente com seus clientes.

Popularizar os vídeos ao vivo

O Facebook vem investindo pesadamente no Live, sua ferramenta de vídeos ao vivo, para disputar espaço com soluções semelhantes do Youtube e do Twitter (o Periscope). Segundo Zuckerberg, trata-se de uma tecnologia que pode aproximar muito as pessoas: urante a conferência, ele comentou, a título de exemplo, sobre o caso de uma mulher que transmitiu ao vivo o seu casamento para que sua mãe, que estava doente, pudesse vê-lo. E hoje, a empresa anunciou o lançamento de uma API que permitirá que qualquer câmera ou app transmita vídeo ao vivo para a rede.

Levar internet a mais pessoas

Parte do objetivo do Facebook de conectar todas as pessoas do mundo envolve levar a internet a pessoas que ainda não têm acesso a ela. Hoje, Zuckerberg falou sobre duas iniciativas da empresa que vão nesse sentido: o lançamento de um satélite que transmitirá dados para a região da subsaariana da África, e a construção de drones movidos a energia solar capazes de transmitir internet para as regiões que sobrevoam.

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Baratear o custo de dados

Outra estratégia da empresa para tornar o acesso á internet mais disseminado no mundo é reduzir o preço dos planos de conectividade. Segundo o CEO da empresa, uma das atitudes que eles estão tomando nesse sentido é travar parcerias com empresas de telecomunicações para desenvolver equipamentos e software de código aberto que torne mais barato o acesso a planos de dados fixos e móveis.

Melhorar a eficiência dos dados

Além de levar internet a mais pessoas, o Facebook também planeja levar mais internet a pessoas com planos limitados de dados. Hoje a empresa falou sobre algumas ferramentas que vão ao encontro desse objetivo, como um framework mais leve para que desenvolvedores de aplicativos consigam fazer suas criações trocarem o mesmo volume de informações usando cerca de um quarto dos dados.

Construir sistemas que sejam melhores que pessoas em percepção

Zuckerberg também disse ter a ambição de criar inteligências artificiais que sejam melhores que humanos em ler, ver e ouvir. Como exemplo, ele citou a tecnologia de reconhecimento facial do Moments, o sistema mais avançado do mundo (segundo ele) com esse propóstivo. No futuro, ele também pretende que esses sistemas consigam “ler” o conteúdo das postagens, imagens e vídeos que os usuários compartilham e curtem para oferecer recomendações melhores. E, para facilitar esses objetivos, a empresa abriu hoje o código de seu módulo Torch de inteligência artificial e dos servidores de GPUs que utiliza para treinar suas redes neurais.

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Criar novas experiências com realidade virtual

O Oculus Rift, equipamento de realidade virtual do Facebook, foi lançado recentemente, mas a empresa já está pensando no futuro da tecnologia. Zuckerberg disse que a Oculus deverá lançar em breve controles para o equipamento que permitirá aos usuários interagir com os ambientes virtuais. Quando dois usuários puderem se conectar pela internet usando seus Rifts e controles, será possível, por exemplo, jogar ping-pong virtual com alguém do outro lado do mundo. E o CEo da empresa ainda falou sobre a possibilidade de, no futuro, desenvolver óculos que misturem realidade virtual com realidade aumentada.

Transformar objetos em aplicativos

Com óculos desse tipo, os usuários poderão “entrar” e “sair” da realidade virtual/aumentada quando quiserem. Num mundo em que todos tivessem equipamentos desse tipo, alguns objetos que conhecemos, como porta-retratos ou mesmo televisões, deixariam de existir. Caso alguém quisesse mostrar uma imagem para outra pessoa, ambos poderiam vestir os óculos, a pessoa mostraria a imagem em realidade aumentada e poderia ampliá-la por meio de gestos para deixar do tamanho que ela quisesse. O mesmo poderia ser feito com vídeos e até mesmo com jogos.