Zuckerberg quer metade do Facebook em home office ‘permanentemente’

Para o executivo, 'nos próximos cinco a dez anos' a maior parte dos seus 48 mil funcionários estarão trabalhando de casa
Equipe de Criação Olhar Digital21/05/2020 20h29

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Na mesma semana em que o Facebook anunciou o plano para a reabertura dos seus escritórios (com 25% da sua capacidade de força de trabalho) o CEO da companhia, Mark Zuckerberg, afirmou que vê metade dos seus funcionários trabalhando de casa de maneira permanente “nos próximos cinco a dez anos”.

O Facebook tem mais de 48 mil funcionários trabalhando em 70 escritórios ao redor do mundo. Outras empresas de tecnologia, como o Twitter, Shopify e o Google já acenaram na direção de uma ampliação nas políticas de trabalho remoto – mas nenhuma o fez tão agressivamente quanto a rede social.

A decisão vai na contramão da filosofia que até pouco tempo era empregada no Vale do Silício, onde muitas empresas foram construídas com a ideia de colaboração em estreita proximidade física. O próprio Facebook pagava aos novos funcionários um bônus de até US$ 15 mil por ano se eles concordassem em morar a menos de 16 quilômetros do escritório.

Mas, depois de conversar com funcionários e executivos de outras empresas, Zuckerberg disse que ficou convencido dos benefícios de uma força de trabalho mais distribuída. “A mudança abrirá possibilidades para um número muito maior de candidatos”, disse ele, e poderá ter um efeito positivo no meio ambiente.

Reprodução

Facebook Seattle. Imagem: Divulgação

Para o executivo, o primeiro passo é disponibilizar mais das funções na empresa para os que optarem pelo trabalho remoto, entendendo que outros ainda devem preferir ir até o escritório da empresa – “principalmente os funcionários mais jovens”, disse Zuckerberg.

Como manter o clima de camaradagem entre colegas e motivar seus funcionários que estejam em casa? Para Zuckerberg, a solução é criar novos produtos. “Acho que as ferramentas que temos hoje são bastante transacionais – isso é uma fraqueza no ecossistema”, disse ele. “E-mail e apps de mensagens – essas coisas foram projetadas para a troca de ideias, mas não para a interação”.

Via: The Verge