A operadora de telefonia Vivo anunciou a sua entrada à Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas, uma iniciativa fundada pela ONU Mulheres junto à Avon para combater o assédio moral e sexual às mulheres dentro do ambiente corporativo. A união da Vivo à entidade é parte do projeto “Vivo Diversidade”, lançado pela empresa em 2018 e que conta também com ações de conscientização contra o preconceito ao público LGBTQIA+.

“Essa é uma conversa de todos: homens e mulheres. Tratamos sobre o tema no início do ano, mas agora ampliamos o alcance. Entendemos que é preciso se posicionar quando se presencia algum tipo de violência. Queremos estimular um ambiente seguro para que nossas colaboradoras se sintam dentro de um espaço confiável para expressar posicionamentos e opiniões. E, ainda, conscientizar as pessoas para que espalhem esse respeito às mulheres dentro e fora do ambiente corporativo”, comentou Niva Ribeiro, VP de Pessoas da Vivo.

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A presença feminina no ambiente de trabalho é aproximadamente a metade da força ativa do Brasil. Foto: Travelpixs/Shutterstock 

Além de ingressar à Coalizão, a Vivo também distribuiu aos seus gestores uma cartilha com orientações de como receber denúncias de assédio contra a mulher, bem como quais sinais se atentar quando há suspeita de que alguma colaboradora da empresa esteja sendo vítima de situações do tipo. Finalmente, a empresa conta com o canal “Conte Comigo”, onde oferece atendimento psicológico, social, psicopedagógico, jurídico e financeiro, através de parceiro especializado em saúde emocional corporativa.

A Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra as Mulheres foi fundada em 29 de agosto de 2019, em uma cerimônia que reuniu mais de 100 representantes de empresas, que acompanharam a assinatura da carta que rege a missão da entidade. Além da ONU Mulheres e da Avon, a Coalizão também tem o apoio da Fundação Dom Cabral e do Movimento Mulher 360. O seu principal objetivo é o de engajar líderes de vários setores a assegurar, voluntariamente, a proteção à mulher dentro do ambiente corporativo.

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O assédio à mulher no trabalho ainda é um dos principais problemas vistos no mercado brasileiro. Foto: Andrey_Popov/Shutterstock 

Segundo dados divulgados pela Catho, Pnad Contínua e IBGE em março de 2020, as mulheres correspondem a maior parte da população fora da força de trabalho (entre trabalhos formais e informais) em todas as regiões do país, o equivalente a 64,7% dos inativos na média nacional. Entre população desempregada, elas também são maioria: 53,8%. O índice de ocupação dos homens foi estimado em 65%, enquanto o das mulheres ficou em 46,2%.

“A coalizão tem o potencial de trazer o debate e ações concretas de prevenção às violências contra as mulheres para dentro das empresas, com um olhar que pode incluir não somente uma autoavaliação sobre as políticas empresariais de enfrentamento à violência e ao assédio no local de trabalho, mas também o investimento na transformação da cultura organizacional em busca de espaços mais seguros e equitativos para as mulheres”, disse, na ocasião da fundação, Ana Carolina Querino, representante da ONU Mulheres.

Fonte: Imprensa 24h / Catho / Movimento Mulher 360